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Blatter pede compromisso de jogadores contra apostas

Presidente da Fifa diz que atletas devem assinar documento em que asseguram não participar de apostas que envolvam jogos da Copa.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, sugeriu nesta quinta-feira que os jogadores que disputarem a Copa do Mundo se comprometam por escrito a não participar de apostas envolvendo jogos da competição. "Não basta que alguns jurem e outros rompam o juramento, todos devem assinar um documento", afirmou o dirigente. No ano passado, escândalos de manipulação de resultados explodiram na Alemanha, sede da Copa, em divisões inferiores. No início do mês, no entanto, um programa de TV acusou o envolvimento de jogadores da primeira divisão. Um dos citados foi o meia Schweinsteiger, do Bayern de Munique e da seleção alemã, que negou as acusações. Escândalos envolvendo apostadores e manipulação de resultados também afetaram a primeira divisão da Bélgica e o Campeonato Brasileiro do ano passado. Em entrevista coletiva concedida durante encontro que discute a segurança na Copa, Blatter disse que a Fifa e o Comitê Organizador querem evitar um clima de estado de sítio nas cidades-sede. "A segurança é importante, mas o centro da Copa é o futebol", afirmou, respaldado pelo ministro do Interior alemão, Wolfgang Schaeuble. Segundo o ministro, a Alemanha "não quer levantar barreiras, mas abrir as portas" com o Mundial. Palavras à parte, o país prepara um esquema especial de segurança, que prevê a fiscalização especial de fronteiras durante a Copa. As principais preocupações são o terrorismo e os torcedores violentos. Por isso, a chegada aos estádios será precedida de vários controles e registros identificados dos torcedores, medida considerada pelo governo alemão um atentado ao direito à privacidade. Blatter aproveitou a entrevista para anunciar que, no ano que vem, concorrerá a seu terceiro mandato à frente da Fifa - assumiu a presidência em 1998, e em 2002 teve o mandato estendido excepcionalmente para cinco anos, para acabar com as eleições em ano de Copa. "A única questão é saber como estará minha saúde nessa hora", afirmou o suíço, que trabalha na entidade máxima do futebol desde 1975.

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