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Blatter quer restringir troca de nacionalidade de jogadores

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Por MARK LEDSOM
Atualização:

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse nesta quarta-feira que vai propor ainda este mês regras mais rigorosas para inibir a mudança de nacionalidade de jogadores, para prevenir que as Copas do Mundo fiquem repletas de brasileiros. O dirigente afirmou que muitos países, principalmente na África e na Europa, abusam das regras atuais, que permitem que um jogador possa defender a seleção de outro país que não seja o seu desde que resida no país por mais de dois anos. Os jogadores também podem jogar pela seleção de outro país se tiverem pai ou avô nascido lá. "Eu não sou profeta, mas posso dizer que na Copa do Mundo de 2014 metade dos jogadores pode ser do Brasil. Temos que introduzir uma barreira maior para impedir que isto aconteça", disse Blatter a jornalistas, em uma conferência por telefone. "O comitê executivo irá propor ao congresso que apenas jogadores que residam em um país por mais de cinco anos possam defender sua seleção". A proposta requer ao menos 75 por cento de apoio no congresso de Sidney, no dia 29 de maio, no qual cada uma das 208 associações afiliadas tem direito a votar. Em 2004, a Fifa apertou suas regras depois de que três jogadores brasileiros escolheram representar o Catar na campanha de classificação para a Copa do Mundo de 2006, sem ter qualquer conexão com o país. Apesar da sanção, muitos países e jogadores continuam aproveitando a janela atual. Recentemente, o brasileiro Eduardo da Silva, que joga no Arsenal, se naturalizou croata devido ao seu tempo jogando pelo Dínamo de Zagreb.

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