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Blatter volta a negar que é corrupto e diz que um dia 'vai para o céu'

Presidente da Fifa, que renunciou, fala em consciência limpa

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Por Redação
Atualização:

O ainda presidente da Fifa, Joseph Blatter, voltou a negar participação em qualquer caso de corrupção dentro da entidade que comanda há anos. Em entrevista a uma revista da Alemanha, a Bunte, o cartola até chegou a brincar que quando morrer "vai para o céu" por ter a consciência limpa e tranquila em meio à onda de corrupção deflagrada por uma operação do FBI, dos Estados Unidos, e que tenta varrer a sujeira do futebol mundial, inclusive com a prisão de membros da Fifa, como o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

"Tenho a consciência limpa. Quem me chama de corrupto terá de provar, mas ninguém pode provar isso, porque eu não sou corrupto. Aceito as críticas construtivas, mas se alguém disser que o Blatter é corrupto porque a Fifa é corrupta, só posso negar", disse o dirigente, que abriu mão de seu quinto mandato à frente da entidade depois da investida da Justiça dos Estados Unidos e da Suíça contra membros da Casa, todos acusados de corrupção e lavagem de dinheiro no futebol, além do recebimento e pagamento de propinas. 

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"Quem diz que sou corrupto, sem provas, deveria ir para a prisão. Eu tenho uma cruz dourada abençoada pelo papa Francisco. Acredito que vou para o céu um dia", comentou o cartola após revelar ser um homem religioso. Depois de ser eleito no mesmo Congresso onde o FBI levou preso sete membros da Fifa, Blatter resolveu renunciar ao cargo, alegando que sua saída e novas eleições seriam o caminho para salvar o futebol. Disse também que não tinha o apoio de todos no mundo da bola. Ele trabalha nos bastidores agora para que as próximas eleições ocorram no começo de 2016.

A Justiça dos EUA indiciou 14 executivos da Fifa e de empresas ligadas à transmissão dos jogos de futebol e de marketing esportivo. Alguns estão presos e outros respondendo em liberdade. Há muitos outros dirigentes do futebol mundial, inclusive o sul-americano, na mira das investigações. A Justiça Suíça também recolhe informações sobre os processos de escolhas das Copa do Mundo da Rússia e do Catar.

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