O ex-jogador Bobô, diretor-geral da Superintendência de Desportos da Bahia (Sudesb), afirmou na noite desta quinta-feira que não acusou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por ter liberado o Estádio Otávio Mangabeira, a Fonte Nova, quando ocorreu a tragédia que matou sete pessoas no dia 25 de novembro, em Salvador. Veja também: Bobô atribui à CBF a tragédia no Estádio da Fonte Nova "A gente não trabalha com a culpabilidade nem responsabilidade das pessoas ou entidades, até porque os laudos que nós solicitamos e foram feitos após o acidente, todos eles apontam que o erro ocorreu no projeto do estádio, que foi mal executado, por isso mesmo, como a gente vai poder sair acusando?", se defendeu Bobô, acusado pelo Ministério Público como co-autor de homicídio culposo no caso, quando um trecho da arquibancada da fonte Nova ruiu na última rodada da Série C, onde o Bahia conseguiu subir para a Série B do Brasileirão. "O que foi colocado foi pinçado de uma entrevista que eu dei explicando como funciona o processo de liberação do estádio [Fonte Nova]. Eu sou muito perguntado sobre essa questão e normalmente a gente explica que há os laudos técnicos, como eles são encaminhados... talvez tenha acontecido de alguém ter pegado o meio de uma explicação, que foi colocada fora de contexto", acrescentou o ex-jogador, que diz não ver culpados na tragédia, "a não ser a empresas - ou empresa, ainda não tenho conhecimento total disso - que na época construíram o estádio."