Publicidade

Bom Senso pede reforma no futebol a Dilma e Aécio

Em carta aberta aos candidatos à presidência do Brasil, grupo cobra reformulação e critica amadorismo na gestão do futebol nacional

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Bom Senso FC, grupo de jogadores que cobra melhoras na gestão do futebol no País, publicou nesta terça-feira uma carta aberta aos candidatos que disputam o segundo turno das eleições à presidência da República: Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). No documento, eles exigem "o compromisso explícito com as bandeiras de reforma e democratização das entidades que administram o futebol brasileiro".

PUBLICIDADE

O pedido pelo "compromisso explícito" é a única referência que o Bom Senso faz aos presidenciáveis. No restante da carta, o grupo expõe algumas das suas teses, mostrando um cenário problemático no futebol brasileiro.

"No ano em que o País recebeu a Copa do Mundo, os sete gols da Alemanha pintaram o retrato das décadas de autoengano que vive o nosso futebol. Na nossa própria casa, o visitante veio nos escancarar a enorme fragilidade daquele que, apesar de tudo, ainda é um dos nossos maiores patrimônios culturais", começa o texto.

Na carta, grupo critica amadorismo na gestão futebol brasileiro Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

O Bom Senso levanta, na carta, uma das causas da campanha: a gestão amadora do futebol no País. "Embora o negócio movimente cerca de R$ 11 bilhões por ano, não se sabe para onde vai boa parte dos recursos. O que se sabe é que a gestão amadora não tem sido capaz de financiar o desenvolvimento desse esporte no País".

Os jogadores lembram aos candidatos que, mesmo com expressivo aumento de receitas, os principais clubes brasileiros aumentaram em 100% suas dívidas nos últimos cinco anos. "Apenas ao governo, eles devem cerca de R$ 4 bilhões", reforçam.

Outro ponto citado pelo Bom Senso é o calendário do futebol nacional, que faz com que 80% dos jogadores profissionais fiquem "desempregados ou subempregados sistematicamente por seis ou seis meses ao longo do ano, sem que nenhuma atitude das autoridades públicas seja tomada."

Dizendo que "é preciso que o Estado assuma o seu papel no desenvolvimento do esporte", o Bom Senso cobra um posicionamento dos candidatos. "Ficamos no aguardo de vossos posicionamentos, na convicção de que este apoio ao futebol e ao esporte brasileiro significa também a esperança para a democracia em toda a nossa sociedade."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.