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Boselli minimiza disputa com Gustagol no Corinthians: 'Podemos jogar juntos'

Atacante argentino atuou dez jogos pelo time paulista e marcou apenas um gol

Por João Prata
Atualização:

O centroavante Mauro Boselli concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira e comentou sobre sua adaptação ao futebol brasileiro, a disputa por uma vaga no time com Gustagol e a possibilidade de o Corinthians ajudar o São Paulo a garantir a liderança do grupo na última rodada do Campeonato Paulista

"Entendo tudo o que falam, não consigo falar porque não tive tanto contato, acho que meu português ainda vai fluir mais. Mas dentro de campo quem tem de falar da minha adaptação são vocês (jornalistas) que analisam. Me sinto melhor. Meu rendimento está melhorando, fiz gols em toda a minha carreira, espero ajudar o Corinthians com muitos gols."

Boselli conversa com Carille em treino do Corinthians. Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

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Boselli já esteve em campo pelo time alvinegro em dez partidas e marcou apenas um gol. O centroavante vem de uma sequência de três jogos como titular e vive a expectativa de ser escalado pelo técnico Fábio Carille para o jogo com o Ituano nesta quarta-feira, às 21h30, fora de casa, no encerramento da fase de grupos.

A dúvida sobre sua presença se deve ao fato de Gustagol estar recuperado de lesão. O artilheiro do Corinthians na temporada com sete gols voltou a treinar com bola na segunda-feira, mas também não tem escalação garantida. O argentino minimizou essa disputa e disse que o importane é o time vencer.

"Quero que a equipe ganhe, quem faz gols não é importante. Ansiedade é algo pessoal, atacante precisa de gol, mas não é tão importante quanto a equipe vencer. Quero fazer gols a cada partida, quero ajudar, mas se não faço e a equipe segue ganhando, não é um problema. Venho me sentindo a cada dia melhor, gol é uma consequência e vão acontecer"

Sobre a disputa com Gustagol: "Não sei se é uma disputa, são opções que o treinador tem, jogadores de características distintas, opções. Ele na bola alta, eu mais com a bola no chão. Depende do que o treinador precisar, mas podemos também jogar juntos, já compartilhamos momentos juntos, fizemos gols e até ganhamos partidas jogando juntos. São opções do treinador, e mesmo o Love também, pode jogar pelo lado ou como centroavante. Falavam que ano passado não tinham tantas opções assim. Essa concorrência nos faz nos esforçar cada vez mais para jogar, quem ganha é o Corinthians."

Se o Corinthians vencer o Ituano garante a liderança do Grupo C sem ter de se preocupar com os outros duelos da chave, mas também possibilita o São Paulo de ser o líder no Grupo D. "Não jogamos para ajudar São Paulo, mas para terminar em primeiro do grupo. Se ajuda São Paulo, tudo bem, podemos nos encontrar em uma semifinal ou final." 

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Ao analisar os primeiros meses no Brasil, Boselli disse que o país se parece mais com a Argentina, onde nasceu, do que com o México, onde atuou nos últimos anos. "Estava acostumado com a cultura mexicana há cinco anos e meio. Mas no Brasil você vive muito bem, tem um pouco da barreira da língua, mas é parecida com a vida na Argentina. Estranho um pouco em relação ao México, mas estou aproveitando muito. Menos o trânsito. Demoro 1h20 da minha casa ao CT. Mas chegando aqui, a cabeça já muda e me sinto feliz."

Em relação ao futebol, viu muitas diferenças entre o futebol de Brasil e o do México. "No México tem mais espaço, aqui as equipes se fecham muito atrás, ainda mais contra o Corinthians. Mas vamos ver mesmo no Brasileirão, que vai se comparar com a liga mexicana, lá não tem estaduais, vou saber responder melhor. Sobre treinos, é mais recuperação e ver o rival do que treinamentos."

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