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Botafogo e Flu surpresos com boicote

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Eduardo Viana, assegurou nesta terça-feira que apóia a decisão de Flamengo e Vasco de não disputar o Torneio Rio-São Paulo. O Vasco não quer a competição com 16 clubes e o Flamengo quer receber mais dinheiro. "Ninguém vai assassinar o Campeonato Carioca", declarou o dirigente. Em seguida, ele disse que a competição estadual já tem data marcada para começar, em 19 de janeiro, a mesma prevista para o Rio-São Paulo. Eduardo Viana disse que a decisão firmada pelo Vasco, de não participar do Rio-São Paulo, é legal e foi acordada durante um Conselho Arbitral da Ferj, no mês de agosto. Segundo ele, os outros clubes do Rio também não vão seguir o calendário quadrienal divulgado pelo Ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. "Daquele grupo de notáveis, tinha o Pelé, que não é nada, o João Havelange, que não manda nada, e o Ministro, que não apita nada", afirmou Eduardo Viana. "Como eles e a TV Globo vão organizar calendário? Não têm competência." Depois de se reunir com o secretário-geral da CBF, Marco Antonio Teixeira, a quem expôs as razões pelas quais a Ferj decidiu-se por não dar apoio ao Rio-São Paulo, Eduardo Viana continuou esbravejando na saída do prédio da entidade. "De propósito, marquei o início do Carioca para o dia 19, data de estréia do Rio-São Paulo. Não ia deixar o Maracanã para eles." A exemplo dos presidentes de Vasco e Flamengo, Eduardo Viana foi citado no relatório da CPI do Futebol, no Senado, por "administração temerária" e frisou que a CBF não regulamentou o calendário quadrienal, atitude que o torna ilegal. O presidente do Fluminense, David Fischel, disse ter ficado surpreso com a atitude de Vasco e Flamengo e informou que vai esperar a reunião da Liga, nesta terça-feira, em São Paulo, para se pronunciar oficialmente. Apesar de o dirigente preferir o silêncio, o vice-presidente de futebol do Fluminense, Marcelo Penha, não escondeu sua indignação, revolta e temor com a decisão de Vasco e Flamengo. "O Fluminense repudia esta atitude e fica com a Liga. Esta cisão pode representar a falência do futebol carioca", afirmou. "O mais impressionante foi que eles assinaram um contrato e, agora, estão rasgando este papel." O presidente do Botafogo, Mauro Ney Palmeiro, também se mostrou surpreso, mas preferiu não dar opinião sobre o assunto. Ele disse que vai esperar pela reunião da Liga. Críticas - O presidente do Flamengo, Edmundo dos Santos Silva, não abre mão de receber uma cota mais alta para participar do Rio-São Paulo. "Sempre fui parceiro deles (referindo-se à TV Globo, empresários e políticos em geral) e os membros da CPI nos jogaram na mesma vala que os outros. Fomos tratados por diversos setores como não deveríamos. Agora, se o Flamengo não jogar vão ser obrigados a sentar na mesa e repensarem toda esta situação", avisou o dirigente. "Quero mais dinheiro ou não tem negócio. Se vou disputar um campeonato onde receberei até menos do que o Carioca, prefiro enfrentar e ganhar do Vasco, Fluminense e Botafogo, que deixarei a torcida rubro-negra mais contente, a um triunfo sobre o São Caetano e Botafogo-SP."

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