A diretoria do Botafogo já analisa opções para a vaga de vice-presidente de futebol do clube, que ficará livre com a saída de Carlos Augusto Montenegro em dezembro. Manoel Renha, que ocupa cargo de diretor colaborador, é um dos cogitados, mas não há qualquer definição acerca de nomes. A idéia, porém, é contratar um diretor profissional, com experiência na área, para o posto, que passaria a ser remunerado. Montenegro, um diretor amador, ajudou a precipitar a crise ao ofender os jogadores depois da eliminação do alvinegro carioca da Copa Sul-Americana, com a derrota por 4 a 2 para o River Plate, quando o time vencia por 2 a 1, com um jogador a mais, e podia perder por até um gol de diferença, no dia 27 passado. O caso ainda repercute entre os jogadores. "Faltou tranqüilidade. As pessoas falam o que vem à cabeça, sem medir as conseqüências. Em outros clubes acontecem coisas piores, mas sabem como administrá-las", criticou o meia Lúcio Flávio. Enquanto isso, o time retorna de sua estada em Itu, onde se preparou longe da pressão da torcida para um clássico nervoso contra o Vasco, domingo, no Maracanã. Ambas as equipes vivem longas seqüências negativas. O Botafogo não vence há cinco jogos. Os cruzmaltinos, ainda pior, não conseguem um triunfo há oito partidas pelo Campeonato Brasileiro. Quem vencer respira um pouco. Quem perder verá o abismo cada vez mais de perto. Na tentativa de travar a decadência botafoguense, o técnico Cuca planeja usar Coutinho em marcação individual contra o meia vascaíno Darío Conca. O atacante Dodô, porém, foi poupado dos treinamentos pelo segundo dia consecutivo, com dores no pé esquerdo. O problema já vem perturbando o artilheiro desde o primeiro semestre do ano.