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Brasil comemora Copa com camisa gigante e balões coloridos

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Por Redação
Atualização:

Joseph Blatter ainda nem tinha aberto o envelope com o nome do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 quando uma enorme camisa verde-amarela foi aberta sobre o Morro da Urca, ao lado do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, com a frase "A Copa de 2014 é nossa". No Cristo Redentor, 400 camisetas foram distribuídas aos visitantes, enquanto no Maracanã o gramado do estádio também foi colorido com outra camisa em comemoração pela volta da Copa do Mundo ao país após 64 anos. "Qualquer evento esportivo como a Copa do Mundo é espetacular para o país que está organizando. Para os jovens, as famílias, os empresários, para todo mundo que gosta do esporte é maravilhoso. A gente ganha muito com isso", disse à Reuters aos pés do Cristo Redentor Paulo Lopes, de 32 anos, pouco após vestir a camisa da Copa no Brasil. Em várias capitais brasileiras a comemoração se repetiu, já antecipando a disputa interna pelas 10 ou 12 cidades que serão escolhidas no ano que vem como palco das partidas do Mundial. Dezoito cidades apresentaram projeto de estádios para o Mundial. No estádio do Morumbi, possível palco do jogo de abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, houve queima de fogos e foram soltos balões verdes e amarelos no céu. Mas a comemoração pelo anúncio oficial não afastou a preocupação do torcedor com a questão administrativa da organização, em especial com o altíssimo investimento que será necessário para que o país esteja pronto. "A Copa é favorável para o Brasil na parte turística. Muita gente de fora vai descobrir o que a gente tem de bom. Por outro lado, haverá uma Copa num país onde tem um monte de criança passando fome. Isso é desviar o foco do problema", disse José Mariano Carlos, de 42 anos, organizador de eventos. Já o desempregado Paulo César Santos, de 29, viu na notícia um motivo de alegria, mas reclamou da falta de prioridades. "Nem tudo é tristeza. Vai ser bom ter a Copa no país, afinal, quem não gosta de futebol?", disse. "Mas esconde a realidade. O Brasil é muito miserável para sediar uma Copa do Mundo. Tem que resolver os nossos problemas primeiro." (Por Pedro Fonseca, com reportagem de Alice Assunção, em São Paulo, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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