
28 de junho de 2009 | 17h46
Paulo Whitaker/Reuters
Lúcio cabeceia com firmeza para marcar o gol da virada da seleção brasileira sobre os Estados Unidos
SÃO PAULO - A "zebra" rondou, mas a seleção brasileira venceu os Estados Unidos de virada por 3 a 2 para conquistar a Copa das Confederações - disputada na África do Sul -, neste domingo, e passar a rival França na disputa de títulos do torneio, com três.
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O título, no entanto, por pouco não parou nas mãos dos norte-americanos, que chegaram a fechar o placar do primeiro tempo com uma vantagem de 2 a 0, mas não suportaram a pressão brasileira, que virou com dois gols de Luís Fabiano e outro do zagueiro Lúcio.
Além de vencer mais uma vez a competição, que serve de preparação para a Copa do Mundo de 2010, justamente na África do Sul, a seleção brasileira agora soma oito vitórias consecutivas (cinco no torneio e três nas Eliminatórias para a Copa de 2010), consolidando o trabalho do técnico Dunga, até então criticado por muitos.
LANCES DA PARTIDA |
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"RETRIBUIÇÃO"
Na final com méritos após a vitória por 2 a 0 sobre a então favorita Espanha, os Estados Unidos esqueceram que foi o Brasil que os ajudou na luta pela vaga à semifinal com a vitória sobre a Itália por 3 a 0, e surpreendeu em sua primeira final de um torneio oficial da Fifa.
Com um futebol extremamente prático, os Estados Unidos abriram o placar logo aos 10 minutos, com um belo desvio de Dempsey, deixando o goleiro Júlio César sem ação. A zebra estava à espreita.
O Brasil, atrás no placar pela primeira vez no torneio, continuou seu jogo de toque de bola à espera de uma brecha para concluir em gol, não mostrando muita preocupação com o gol sofrido. Mas o desespero apareceu aos 27, quando Maicon, novamente com problemas na lateral, errou um toque simples na entrada da área adversária, dando o contra-ataque para os Estados Unidos marcarem o segundo gol com Donovan.
O resultado parcial inesperado deixou a seleção brasileira anestesiada, com jogadas fracas pelas laterais e tentativas precipitadas de vencer o goleiro Howard com chutes de longa distância.
O TROCO
Mesmo com o fraco futebol apresentado, o técnico Dunga apostou na formação inicial e a seleção reagiu logo no primeiro minuto do segundo tempo, quando Maicon acertou o passe para Luís Fabiano, que girou de forma magistral para vencer o marcador e chutar forte no canto esquerdo de Howard e marcar o primeiro gol brasileiro.
A aplicação tática vista na primeira etapa começava a cair por terra para os norte-americanos. A marcação nas laterais já não funcionava mais e o Brasil dominou, mas a arbitragem cometeu um erro que poderia ter sido decisivo aos 14, quando Howard tirou a bola, cabeceada por Kaká, de dentro do gol, mas o bandeirinha não marcou o gol.
Estados Unidos | 2 |
Howard; Spector; Onyewu, DeMerit e Bocanegra ; Feilhaber (Bornstein), Clark (Casey), Dempsey e Donovan; Davies e Altidore (Kjlestan) | |
Técnico: Bob Bradley | |
Brasil | 3 |
Júlio César; Maicon, Lúcio , Luisão e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo , Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano | |
Técnico: Dunga | |
Gols: Dempsey, aos 10, e Donovan aos 27 minutos do primeiro tempo; Luís Fabiano, a 1 e aos 29, e Lúcio, aos 39 minutos do segundo tempo Árbitro: Martin Hansson (SUE) Renda: não disponível Público: 52 mil total Estádio: Ellis Park, em Johannesburgo (África do Sul) |
O lance não desanimou a seleção, mas não evitou as modificações do técnico Dunga, que sacou André Santos e Ramires paras as entradas de Daniel Alves e Elano, respectivamente.
Elano entrou bem e criou boas chances pela direita, dando apoio para Maicon, enquanto Daniel Alves foi discreto, novamente improvisado na lateral-esquerda. Mas foi por tal lado que o gol de empate surgiu. Aos 29, Kaká desceu com rapidez e cruzou rasteiro. Luís Fabiano aproveitou o rebote no chute de Robinho e cabeceou para marcar seu segundo gol no jogo, o quinto na competição, assegurando-lhe a artilharia.
GUERREIRO
O prêmio de melhor jogador da partida foi para Kaká, mas estaria em boas mãos se fosse para Lúcio. O zagueiro evitou dois contra-ataques norte-americanos, armou jogadas e, o principal, tratou de dar a vitória brasileira aos 39, quando cabeceou de forma certeira a bola após bom cruzamento de Elano. "Passei por muita coisa nesta temporada. Fui avisado durante a Copa das Confederações que não seria mais aproveitado pelo Bayern [de Munique], mas eu consegui dar a volta por cima e estou aqui, comemorando mais um título com a seleção", disse o capitão, em meio ao choro e às comemorações de mais um título.
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