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Brasil de Felipão perde para Uruguai

Por Agencia Estado
Atualização:

Pura ilusão. A troca de técnico não mudou o futebol da seleção brasileira, como muitos imaginavam. Na estréia de Luiz Felipe Scolari no comando do time, os craques Cafu, Rivaldo, Roberto Carlos e companhia decepcionaram mais uma vez e o Brasil acabou derrotado pelo Uruguai por 1 a 0, hoje, no Estádio Centenário. Não faltou vontade aos jogadores, mas a bola não entrou no gol adversário. Ou quase. Os brasileiros reclamaram demais de um chute de Rivaldo, no fim da partida, que o goleiro Carini defendeu. Ele acabou, porém, entrando com a bola no gol, num lance bastante duvidoso. Apesar dos protestos, o juiz escocês Hugh Dallas mandou o lance seguir. Uma coisa, no entanto, ficou clara para atletas e comissão técnica. A situação do time complicou-se bastante nas eliminatórias sul-americanas. A seleção, que perdeu pela 4.ª vez, se mantém na 4.ª posição, com 21 pontos, mas agora tem a companhia dos uruguaios. O próximo jogo será em 15 de agosto, contra o Paraguai, 2.º colocado, no Brasil, provavelmente no Maracanã. A Celeste enfrentará a frágil Venezuela. A Colômbia está em 5.º lugar, com 19. Mesmo com a volta dos "medalhões", a seleção quase não criou jogadas, como nas derrotas para o Paraguai por 2 a 1 ou para o Chile por 3 a 0 . Nessas partidas, estavam jogadores como Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos. Scolari pôs em campo um time teoricamente ofensivo, com Juninho e Rivaldo sendo os responsáveis pela armação. Roque Júnior atuou à frente dos zagueiros Antônio Carlos e Cris, como um volante. Emerson pouco saiu para o ataque. O início do clássico sul-americano foi violento, com muitas faltas e pouca emoção. Empurrado por mais de 60 mil torcedores, o Uruguai era um pouco superior. Teve boa chance para abrir o placar num chute de Darío Silva, mas Marcos defendeu. As duas equipes não queriam se arriscar. Apenas uma jogada individual, ou uma grande falha, poderia resultar no gol. Foi o que aconteceu aos 33 minutos. Recoba driblou Antônio Carlos, passou por Cris e invadiu a área. Cafu foi infeliz ao tentar tirar a bola e derrubou o craque uruguaio. Magallanes cobrou bem: 1 a 0. Na segunda etapa, os brasileiros partiram desesperados para o ataque, sabendo que a derrota seria trágica. Depois de um susto no início - Recoba quase marcou o segundo -, a equipe de Scolari passou a fazer grande pressão. Euller entrou no lugar de Élber e deu mais velocidade ao time, que melhorou bastante. Mas, conforme o tempo passava, os jogadores ficavam nervosos. Em vez de tocar a bola, a equipe começou a cruzar a bola na área. O técnico uruguaio, Victor Púa, armou um verdadeiro paredão. Faltou habilidade aos brasileiros para furar o bloqueio. Rivaldo, como nos últimos jogos, escondeu-se entre os zagueiros adversários. Cafu errou os cruzamentos, Roberto Carlos não foi feliz nas finalizações. E o tabu de 25 anos sem vencer o Uruguai em Montevidéu permanece vivo. Agora, a Scolari e seus pupilos resta trabalhar para que o Brasil reverta a situação e não deixe o tabu de nunca ter ficado fora de uma Copa do Mundo ser quebrado. Uruguai - Carini; Méndez, Sorondo, Montero e Guigou; Romero, De los Santos, García e Recoba (Lembo); Magallanes (Giacomazzi) e Darío Silva (Regueiro). Técnico - Victor Púa. Brasil - Marcos; Antônio Carlos (Jardel), Cris e Roque Júnior; Cafu, Emerson, Juninho, Rivaldo e Roberto Carlos; Romário e Élber (Euller). Técnico - Luiz Felipe Scolari. Juiz - Hugh Dallas (Escócia). Local - Estádio Centenário, em Montevidéu.

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