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Brasil e Itália revivem rivalidade histórica em jogo decisivo no Mundial sub-17

Em Goiânia, equipes decidem vaga na semifinal e repetem encontro que já decidiu duas vezes a Copa do Mundo

Por Ciro Campos
Atualização:

O Mundial Sub-17, disputado no Brasil, terá na noite desta segunda-feira um encontro entre dois dos países mais tradicionais da história do futebol mundial. No estádio Olímpico, em Goiânia, às 20h, a seleção brasileira decide vaga na semifinal contra a Itália, em partida que servirá para os garotos sentirem o peso da antiga rivalidade entre equipes principais que já decidiram duas vezes a Copa do Mundo. Brasil e Itália é um clássico do futebol.

Embora estejam em campo nesta quartas de final garotos nascidos a partir de 2002, todos cresceram e passaram a gostar de futebol marcados por histórias e relatos de como a rivalidade entre Brasil e Itália se formou dentro de campo. Os países se enfrentaram em Copas do Mundo em 1938, 1970, 1978, 1982 e 1994, com superioridade brasileira: a Itália se deu bem duas vezes, ante três vitórias do time brasileiro.

Brasil tenta superar a ausência de Talles Magno para ir à semifinal Foto: Alexandre Loureiro/CBF

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Neste Mundial Sub-17, o Brasil chega para as quartas de final com uma campanha perfeita, com quatro vitórias em quatro jogos. A equipe do técnico Guilherme Dalla Déa passou na fase de grupos por Canadá, Nova Zelândia, Angola e, por último, Chile, já pelas oitavas. Os italianos tiveram uma trajetória com vitórias na primeira fase sobre Ilhas Salomão e México e derrota para o Paraguai. No mata-mata, a equipe superou o Equador por 1 a 0.

A seleção brasileira terá de superar a ausência do principal jogador. O atacante Talles Magno, com lesão na coxa direita, não vai jogar mais no Mundial. A partir de agora ele terá como substituto o meia Pedro Lucas, do Grêmio. Os italianos têm como destaque o meia Degnand Gnonto, da Inter de Milão, autor de três gols na competição e com apenas 16 anos recém-completados.

Apesar do peso histórico em Copas do Mundo de um encontro entre Brasil e Itália, donos de nove títulos da Fifa, nas competições de base os europeus não têm a mesma tradição. Os italianos jamais conquistaram torneios sub-17 ou sub-20. No máximo o país do calcio conseguiu ser semifinalista. Já o Brasil, por sua vez, tem três conquistas no sub-17 e cinco no sub-20. Quem vencer a partida em Goiânia, terá como rival na semifinal o vencedor do duelo entre Espanha e França, que jogam na tarde desta segunda-feira. A outra semifinal já está definida e vai reunir México e Holanda.

Itália encara o Brasil após ter passado pelo Equador nas oitavas de final Foto: Divulgação/FIGC

JOGOS PARA A HISTÓRIA

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Brasileiros e italianos quando se enfrentam em Copas do Mundo sempre fazem partidas para ficar na história. As mais importantes foram as duas finais, em 1970 e 1994, assim como o duelo de 1982. Este último, realizado na Espanha, ficou conhecido como a Tragédia do Sarriá, já que a geração talentosa de Zico, Socrátes e Júnior perdeu para os azarões italianos por 3 a 2 e deram adeus ao Mundial.  Paolo Rossi foi o algoz brasileiro ao marcar os três gols. A equipe europeia terminaria como campeã naquele ano.

Já nas finais de Copa do Mundo, o Brasil levou a melhor nas duas ocasiões. E ficou com as taças.  A primeira delas ocorreu no México, em 1970, quando a vitória por 4 a 1 do time de Pelé garantiu a conquista definitiva da Jules Rimet. Pelé liderou aquele timaço que tinha, entre outros, Rivellino, Tostão e Jairzinho. As equipes se reencontrariam em 1994, com o Brasil sob o comando do técnico Carlos Alberto Parreira. Foi a primeira final de Copa do Mundo a ser definida nos pênaltis. E deu Brasil. O time de Romário garantiu o tetracampeonato. Dunga e Mauro Silva jogaram muito. O Baixinho fez dupla com Bebeto. Na grande decisão, Roberto Baggio chutou sua cobrança para fora. Taffarel foi ovacionado.

Os outros dois confrontos em Copas do Mundo foram disputados em 1938 e 1978. No primeiro deles, na França, a Itália venceu por 2 a 1 na semifinal e logo depois seria campeã mundial, ao bater a Hungria na decisão. Já 40 anos depois, na Argentina, o Brasil devolveu o placar aos italianos na disputa do terceiro lugar.

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