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Brasil e Uruguai têm problema comum

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Por Agencia Estado
Atualização:

Luiz Felipe Scolari e Victor Puá podem ter um problema comum para o duelo do dia 1º de julho, em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa de 2002. O treinador brasileiro e seu colega uruguaio chamaram jogadores que atuam na Itália e que correm risco de ser suspensos por envolvimento no escândalo de passaportes falsos. O goleiro Dida, do Milan, e o centroavante Alvaro Recoba, da Inter, estão na mira dos promotores e provavelmente conhecerão seu destino na terça-feira, quando saem as primeiras sentenças. Dida e Recoba fazem parte do grupo de atletas denunciados por recorrerem a documentação falsa para atuar como "comunitários" na Itália. Depois de meses de investigação, a justiça italiana levantou indícios de que vários jogadores não tinham como provar ascendência européia que lhes daria direito ao passaporte. O brasileiro e o uruguaio protestaram, mas não evitaram a denúncia, apresentada pelo promotor Carlo Proceddu, encarregado do caso. Se a Comissão de Disciplina da Federação Italiana de Futebol considerar procedente a acusação, os dois ficarão sem jogar até 30 de junho de 2003. A suspensão inicialmente vale para a Itália, mas será imediatamente estendida à Europa e a qualquer país filiado à Fifa. Ou seja, ambos perderiam dois anos de carreira e estariam fora da próxima Copa do Mundo. Dida e Recoba não estão sozinhos nessa confusão. O mesmo tipo de punição foi sugerido para o argentino Verón, da Lazio, para o brasileiro Fábio Júnior e o argentino Bartelt, ambos ainda ligados à Roma, e para os brasileiros Jeda e Dedé, do Vicenza. Os camaroneses Francis Ze e Job e o cabo-verdiano Mekongo Ondoa, todos da Sampdoria, podem pegar gancho de um ano. O promotor Porceddu também sugere multas de US$ 550 mil para Milan, Roma e Vicenza, e de US$ 1,5 milhão para Sampdoria e Inter. Vários dirigentes também foram denunciados, com proposta de punição de dois a três anos.

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