
17 de outubro de 2013 | 07h55
SÃO PAULO - Duras tarefas aguardam a seleção brasileira para a estreia no Mundial Sub-17, nesta quinta-feira, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes. Os garotos começam diante da Eslováquia uma série de desafios que culminam com o intuito de mostrar que as categorias de base da CBF estão remodeladas e sob nova mentalidade. Os 21 jogadores convocados atuam no futebol brasileiro e o mais famoso da equipe não tem lugar garantido no time. O atacante Gabriel, titular do Santos em algumas partidas, só passou a ser convocado depois do término do Sul-Americano. O clube com mais representantes na seleção é o São Paulo, com cinco, incluindo o capitão, o zagueiro Lucas, e o meia Boschilia, considerado um dos melhores da seleção.
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No Mundial participam 24 seleções divididas em seis grupos com quatro equipes cada. Avançam às oitavas de final os dois primeiros colocados de cada chave, além dos quatro melhores terceiros colocados. Fora a Eslováquia, o Brasil tem no grupo os donos da casa, os Emirados Árabes, e Honduras. Os garotos tentam levar o Brasil ao quarto título mundial e acabar com dez anos de jejum no Sub-17. Além disso, procuram salvar um ano ruim para as seleções da base, que não conquistaram os títulos nos Sul-Americanos – pior ainda, tiveram de engolir a pífia campanha no Sub-20, com a eliminação na primeira fase.
A catastrófica queda no torneio disputado em fevereiro causou a troca no comando da seleção. O técnico Alexandre Gallo assumiu o cargo com o objetivo de cobrar dos jogadores responsabilidade e comprometimento, atributos que faltaram na campanha do Sub-20. Gallo garantiu a classificação para o Mundial ao ficar na terceira colocação no Sul-Americano. Ele adotou um estilo disciplinador, cobrou atitude profissional dos jogadores, barrou empresários na concentração e fez a equipe atuar no mesmo esquema tático da seleção de Felipão, o 4-2-3-1.
Na preparação para o torneio os garotos ficaram concentrados por cerca de dez dias em Cotia. O técnico incluiu na programação palestras para o time sobre relacionamento com a imprensa, redes sociais e história e cultura dos Emirados Árabes. O intuito foi de incrementar o clima de comprometimento. “Recebemos uma cobrança natural, sincera e nós temos de dar o retorno. Vamos mostrar uma equipe qualificada no ataque e muito empenhada em fechar os espaços na marcação”, explicou ao Estado o volante Danilo, do Vasco.
A preocupação defensiva, aliás, recebeu bastante atenção do técnico durante o período preparatório. Gallo quer que os atacantes ajudem nessa tarefa e cobra disciplina tática e perfeição no posicionamento. O principal jogo de testes para o Mundial foi realizado no último sábado, já em Abu Dabi, quando o Brasil empatou em 1 a 1 com a Croácia, seleção que também vai participar do torneio. O adversário foi escolhido por ser vizinho do rival da estreia, a Eslováquia, além de ter um estilo parecido de atuar. “Equipes europeias gostam de jogar em duas linhas de quatro muito bem posicionadas. É diferente do que estávamos acostumados. Vamos precisar ter paciência contra eles”, disse Danilo. Os eslovacos têm mais bagagem internacional do que o Brasil. Dois jogadores da equipe atuam no futebol italiano e outro joga na Inglaterra.
Participantes
Grupo A
Brasil
Eslováquia
Emirados Árabes Unidos
Honduras
Grupo B
Uruguai
Nova Zelândia
Costa do Marfim
Itália
Grupo C
Croácia
Marrocos
Panamá
Usbequistão
Grupo D
Tunísia
Venezuela
Rússia
Japão
Grupo E
Canadá
Áustria
Irã
Argentina
Grupo F
México
Nigéria
Iraque
Suécia
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