Brasil joga bem e goleia a Hungria

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Por Agencia Estado
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A vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Hungria, nesta quarta-feira, no Estádio Ferenc Puskas, em Budapeste, vai marcar a ascensão de Luís Fabiano na equipe. Ele fez dois gols, deu até passe de calcanhar, teve ótima atuação, compondo um verdadeiro trio de ouro com Ronaldinho Gaúcho e Kaká, os outros destaques da partida. O atacante do São Paulo substituiu Ronaldo, não-convocado por motivos médicos, e pode ser apontado, desde já, como o reserva imediato de qualquer um dos mais famosos jogadores brasileiros na Europa, os dois Ronaldos e Kaká. O resultado teve importância histórica, uma vez que o Brasil em quatro confrontos jamais derrotara a Hungria. O esquema ofensivo, corajoso, devolveu à seleção a possibilidade de aplicar uma goleada, fato que não ocorria desde a Copa do Mundo de 2002. Parreira finalmente voltou a sorrir, após uma seqüência de quatro empates, e já deixou escapar a intenção de repetir o futebol alegre - o tempo todo em busca do gol, com toques rápidos e vistosos - contra a Argentina, em junho, pelas Eliminatórias do Mundial de 2006. Antes, o Brasil disputará dois amistosos, contra França e Catalunha. Nesta quarta, diante de uma platéia entusiasmada, a seleção deu um ?show? de bola. Kaká atuou como gosta, vindo de trás, com suas arrancadas tradicionais e uma visão de jogo fora do comum. Fez um belo gol, o primeiro da goleada, aproveitando tabela de Ronaldinho Gaúcho com Luís Fabiano. Para que o ataque funcionasse tão bem foi preciso a colaboração direta dos meias Juninho Pernambucano e Edmílson, outros que tiveram uma noite muito feliz em Budapeste. Kaká deu um drible desconcertante, por entre as pernas de Molnar, para dar início ao lance do segundo gol. Em seguida, chutou cruzado, o goleiro Babos deu rebote e Luís Fabiano só escorou. Ainda havia tempo no primeiro tempo para outras jogadas bonitas. E a do terceito gol começou com um passe perfeito de Ronaldinho Gaúcho para Roberto Carlos. O lateral cruzou e novamente Luís Fabiano completou com raro oportunismo. A goleada poderia ter sido mais elástica. Não fossem alguns erros sérios de arbitragem. O gol da Hungria, de Torghelle, no segundo tempo, foi irregular. O atacante estava em impedimento quando recebeu a bola. Houve ainda um outro gol de Luís Fabiano, num lance rápido, em que Kaká sofreu falta na entrada da área e o árbitro não obedeceu a ?lei da vantagem?. Para terminar, Júlio Baptista sofreu pênalti claro, não-marcado. Talvez prevendo que sairia de campo aplaudido de pé pelo público que lotou o Ferenc Puskas, Ronaldinho Gaúcho, um minuto antes, tratou de homenagear os espectadores e deixou sua marca de craque ao driblar dois adversários e, mesmo desequilibrado, completar a goleada.

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