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Brasil joga mal, empata com a Bolívia e é vaiado no Rio

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Por Redação
Atualização:

Depois de brilhar contra o Chile, a seleção brasileira teve uma atuação desastrosa diante da Bolívia. Com o estádio parcialmente vazio e sob vaias, o time ficou no 0 x 0 com a última colocada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O bom desempenho na vitória de 3 x 0 em Santiago, no domingo, não se repetiu no estádio Engenhão, onde a torcida vaiou e chamou o técnico Dunga de "burro". Os gritos de "Adeus, Dunga", ouvidos no Mineirão durante o empate com a Argentina em junho, foram repetidos pelos cariocas. Ao final do jogo, os bolivianos, que jogaram com um homem a menos desde os 8 minutos do segundo tempo, se abraçaram para comemorar o empate e foram aplaudidos. Já os brasileiros lamentavam. O trio Robinho, Luis Fabiano e Diego, destaque contra o Chile, teve atuação apagada, assim como Ronaldinho Gaúcho. "A culpa é nossa, não conseguimos sair da marcação. Depois de uma bela partida, a gente acreditava que conseguiria um resultado positivo. Tentamos mas não conseguimos", disse Luis Fabiano. Com o resultado, o Brasil foi a 13 pontos nas eliminatórias, enquanto a Bolívia agora soma 5. O líder é o Paraguai, com 17 pontos conquistados. JOGO TRUNCADO A seleção brasileira entrou em campo com duas alterações em relação ao time que venceu o Chile: Lucas e Juan jogaram nas vagas de Gilberto Silva e Kléber, suspensos. Desta forma, os titulares foram Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Luisão e Juan; Lucas, Josué e Diego; Robinho, Luis Fabiano e Ronaldinho. Sem criatividade, os brasileiros foram facilmente marcados pelos bolivianos. A única chance clara de gol do time de Dunga no primeiro tempo foi aos 18 minutos, quando Maicon arrancou pela direita e cruzou para Luis Fabiano, que cabeceou por cima do travessão. A Bolívia respondeu aos 21 minutos. Ronald Garcia chutou de fora da área, Julio Cesar espalmou e no rebote o lateral Hoyos tocou para fora. O atacante Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro, ainda tentou chutes de longe, sem sucesso. Aos 27 minutos foram ouvidas as primeiras vaias, reforçadas no intervalo, pelos torcedores que não lotaram o estádio Engenhão --um total de 29 mil ingressos haviam sido colocados à venda. "Demoramos um pouco para fazer a leitura do jogo. A marcação está muito forte, principalmente pelo meio. Precisamos jogar mais pelas laterais", admitiu o meia Diego no fim do primeiro tempo. Ronaldinho acrescentou: "É difícil jogar assim, ficam os 11 atrás da linha da bola". Na volta do intervalo, as dificuldades continuaram e aos 8 minutos o trabalho brasileiro foi facilitado pela expulsão de Ignacio Garcia, que cometeu falta em Robinho. Porém, de nada adiantou. Aos 15 minutos, então, o técnico Dunga trocou Lucas por Júlio Baptista. Dez minutos depois, Júlio Baptista chutou da entrada da área e o goleiro Arias defendeu com facilidade no meio do gol. Mais duas substituições foram feitas aos 32 minutos: Nilmar e Elano substituíram Ronaldinho e Diego. A torcida carioca reprovou e gritou: "burro, burro". Nos minutos finais, o Brasil reclamou de um pênalti em Luis Fabiano, não marcado pelo árbitro equatoriano Alfredo Intriago. Júlio Baptista ainda teve uma chance de cabeça, mas a bola passou rente à trave boliviana. A seleção volta a jogar pelas eliminatórias no dia 12 de outubro contra a Venezuela, fora de casa. Três dias depois o time pega a Colômbia em casa. (Texto de Tatiana Ramil)

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