Evelson de Freitas/AE
Daniel Alves chega a chorar com seu gol de falta que coloca a seleção brasileira na final da competição
SÃO PAULO - Não foi o futebol esperado, mas a
venceu a anfitriã
por 1 a 0, nesta quinta, e está classificada à final da
, que acontece neste domingo, às 15h30, diante dos Estados Unidos, que eliminaram a Espanha com uma vitória por 2 a 0, na quarta.
Copa das Confederações 2009 -
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O resultado mantém o bom retrospecto do técnico Dunga, que chega a mais uma final com a seleção, que com ele venceu a Copa América de 2007, com uma vitória por 3 a 0 sobre a rival Argentina. Já a África do Sul, do brasileiro Joel Santana, encara a Espanha na disputa pelo terceiro lugar, também no domingo.
O SALVADOR
Assim como fizera na Copa América de 2007, Daniel Alves entrou no segundo tempo e foi decisivo. Desta vez com um belo gol de falta aos 42 minutos, quando a partida tendia a terminar com o empate em 0 a 0.
Utilizando a camisa 13, o lateral-direito, que entrou no lugar de André Santos, agradeceu pela oportunidade dada pelo técnico Dunga. "Eu só tenho a agradecer a Deus e ao Dunga por ter dado a chance de eu entrar e ajudar a seleção", comentou o atleta, que concluiu: "Quando vi a falta perto da área, eu sabia que poderia cobrar bem e marcar o gol da vitória. Foi como na Copa América, quando eu marquei o último gol da nossa vitória. Estou muito feliz."
Com uma atuação discreta, Kaká elogiou o sangue-frio do companheiro. "Eu fui até ele e disse para fazer o gol, e ele marcou um golaço para garantir nossa vitória. Isso é o que é importante na seleção, quando um não está bem, outro entra e ajuda quando é necessário."
POR POUCO
Visivelmente decepcionado, Joel Santana por pouco não conseguiu colocar a seleção sul-africana na final da Copa das Confederações, o que seria muito acima do esperado por ele ou qualquer torcedor do país que será sede da Copa de 2010.
Mesmo assim, o técnico brasileiro elogiou a postura de sua equipe. "Jogamos uma partida muito boa. Tivemos chances para vencer", comentou Joel Santana, que esperava ao menos pela disputa de pênaltis. "Treinamos muitas cobranças de pênaltis e tinha a esperança de ao menos chegar lá [disputa por pênaltis]".
BAFANA-BAFANA
Com um futebol vistoso na competição, o Brasil era franco favorito a vencer os anfitriões, mas o esquema tático adotado por Joel Santana foi eficiente. Com duas linhas de quatro e mais dois jogadores fechando os espaços, a África do Sul evitou o contra-ataque brasileiro e, assim, dominou boa parte da primeira etapa.
Aos poucos, Kaká e Ramires passaram a cair pelas laterais e conseguiram criar algumas chances, mas nada que levasse o torcedor sul-africano a temer um gol brasileiro. Temor, inclusive, foi o Brasil que teve numa bola desviada no começo da segunda etapa, quando o goleiro Júlio César se esticou para fazer uma grande defesa.
DUNGA APARECE Brasil 1 Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves ); Gilberto Silva, Felipe Melo , Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano Técnico: Dunga África do Sul 0 Khune; Gaxa, Booth, Mokoena e Masilela ; Dikgacoi, Mhlongo, Modise (Mashego), Pienaar (Van Heerden) e Tshabalala (Mphela); Parker Técnico: Joel Santana Gols: Daniel Alves, aos 42 minutos do segundo tempoÁrbitro: Massimo Busacca (SUI)Renda: não disponívelPúblico: 48 mil pagantesEstádio: Ellis Park Stadium, em Johannesburgo (África do Sul)
Depois de conversar com o auxiliar Jorginho, Dunga optou por uma modificação nada ortodoxa, colocando Daniel Alves na lateral-esquerda no lugar de André Santos, que começou bem, mas depois sumiu, preocupado mais com a marcação do que as jogadas de ataque.
Em dois minutos, a seleção criou duas jogadas com o jogador do Barcelona, sendo uma delas a que resultou no gol. Ramires fez o papel de pivô e recebeu falta na entrada da área. Daniel Alves ajeitou a bola, observou a movimentação do goleiro adversário e colocou a bola no ângulo esquerdo, garantindo mais um triunfo da seleção, que está perto de mais um título da Copa das Confederações.
FINAL
A vitória por 3 a 0 na fase de classificação não deve servir de base para a seleção brasileira encarar os Estados Unidos na final. O meia Kaká sabe disso, e comemora o fato do time ter conseguido evitar a prorrogação diante da África do Sul para disputar a final sem tanto desgaste. "Ainda bem que evitamos a prorrogação, porque seria um desgaste muito grande para a final, que será muito difícil."
Para o jogo, Dunga não poderá contar apenas com o zagueiro Juan, que está machucado. Mesmo assim,o técnico brasileiro deve pensar em opções para encarar os Estados Unidos, que estão embalados com a zebra diante da campeã da Eurocopa, a Espanha.