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Brasileirão chega à última rodada

Santos pode ser campeão neste domingo contrariando regra de que o planejamento é fundamental para ser vencedor. Dos onze que disputaram o primeiro jogo, apenas quatro estarão em campo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Santos contrariou algumas regras consideradas básicas para um time vencedor e, mesmo com a contratação de jogadores em baixa, troca de treinador e mudanças constantes no elenco, pode conquistar, neste domingo, o título brasileiro de 2004. Basta, para a glória, uma simples vitória, às 16 horas, contra o Vasco, em São José do Rio Preto. A única ameaça para a equipe paulista é o Atlético-PR, que está 1 ponto atrás (tem 85) e ainda pode ser campeão. Precisa, para tanto, derrotar o ameaçado Botafogo, em Curitiba, e ainda contar com o apoio dos vascaínos - torcem por, pelo menos, um empate em Rio Preto. O Santos poderá terminar em primeiro mesmo que perca na despedida da temporada - desde que os atleticanos não ganhem na Arena da Baixada. De qualquer maneira, teve muitas dificuldades para chegar à liderança. E superou problemas como o seqüestro da mãe de Robinho, Marina da Silva Souza, libertada na sexta-feira, erros de arbitragem e a perda de mandos de jogo. "Não é desculpa, mas nossa caminhada seria mais tranqüila se estivéssemos contando com o Robinho ou não fôssemos tão prejudicados pelos árbitros", analisa Vanderlei Luxemburgo. Neste domingo, o treinador terá o retorno de Robinho após 6 rodadas. Quem apostaria que um time com Mauro no gol, Leonardo e Ávalos na zaga, Fabinho e Preto Casagrande no meio-campo e Basílio no ataque chegaria à última rodada como líder? Quem diria que uma equipe que começou o torneio com uma escalação e terminou com outra bem diferente poderia levantar a taça? Os últimos campeões - Cruzeiro, o próprio Santos e o Atlético-PR - chegaram ao topo com planejamento, com a base montada e com pouquíssimas mudanças. Apenas quatro atletas que enfrentaram o Paraná na estréia do time no Brasileiro, em 21 de abril, na derrota por 3 a 2, seguiram como titulares e entram em campo nesta tarde: Paulo César, Léo, Elano e Robinho. Os outros sete perderam lugar ou foram embora. Um dos aspectos mais curiosos da saga santista foi a aposta em alguns jogadores em baixa, que estavam desaparecidos ou tinham pouca notoriedade. O goleiro Mauro, por exemplo, terminou 2003 no Marília e falhou nas fases finais da Série B. Basílio também andava apagado. O volante Fabinho, que passou por clubes como Flamengo e Ponte Preta, nunca teve destaque, assim como Preto Casagrande, ex-Bahia. Ricardinho, depois da melancólica saída do São Paulo, assinou contrato com o Middlesbrough. Mas não agradou aos ingleses, que optaram por sua dispensa. Os atletas se encaixaram bem no Santos e deram a volta por cima. Mas poucos tiveram a ?sorte? do Santos. Em situação bem diferente, Vitória, Criciúma, Atlético-MG, Botafogo e Flamengo tentam escapar do rebaixamento. Dois vão cair para a Série B de 2005. Outros dois já foram para a 2.ª Divisão: Grêmio e Guarani.

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