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Brasileirão pode ter promoção inédita

Por Agencia Estado
Atualização:

Os clubes do Campeonato Brasileiro deste ano podem contar um novo tipo de patrocínio. Segundo Mustafá Contursi, que é vice-presidente do Clube dos 13 e presidente do Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administração do Desporto e Ligas (Sindicato do Futebol), os dirigentes receberam uma proposta de uma grande empresa para cederem totalmente os estádios em quatro jogos do Nacional, não clássicos. A empresa trocaria os ingressos pela aquisição de produtos da marca. "Só não divulgamos o nome da empresa porque a proposta depende de uma série de acertos para que não interfira em compromissos já assumidos pelos clubes", diz Mustafá. A iniciativa da empresa, segundo ele, é incentivar a presença de famílias nos estádios. A proposta foi apresentada aos clubes na última reunião do Clube dos 13, na quarta-feira. Como presidente do Sindicato do Futebol, Mustafá diz que tentará encontrar uma alternativa para a legislação trabalhista atual, que prevê que os atletas têm de, obrigatoriamente, ser beneficiados com 30 dias de férias. "A idéia é que esse período seja dividido em dois: os jogadores poderiam ter 20 dias de férias no período das festas de fim de ano e os outros dez dias a serem negociados entre clubes e atletas", explica. "E para quem argumentar que os clubes podem usar o período de contusão para conceder as férias, basta fazer uma cláusula que obrigue o clube a só dar o descanso quando o jogador estiver em boas condições físicas." Mustafá afirmou que ainda não desistiu de obter um acordo com o governo e as agremiações do futebol para que seja implementada uma política de responsabilidade fiscal nos clubes. Mas o dirigente ressalta que, para que isso seja possível, será necessário que o governo ofereça uma alternativa para que os clubes possam sanear suas finanças. "O grande problema das administrações é que muitas estão contaminadas pelas dívidas deixadas por gestões anteriores. O que queremos é uma política de financiamento dessas dívidas para que, daí por diante, os dirigentes possam assumir a responsabilidade pelos gastos que fizerem." Quanto à viagem do presidente do Flamengo, Márcio Braga, e outros dirigentes para Brasília, onde vão solicitar benefícios aos clubes de futebol, Mustafá diz que a situação é normal, pois o Sindicato do Futebol ainda está em fase de afirmação como entidade representante dos clubes nas esferas política e jurídica.

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