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Brasileiros atendem apelo de técnico e torcerão pelo Irã

Por GONÇALO JUNIOR E VITOR MARQUES
Atualização:

Os brasileiros que estão chegando ao Mineirão para o jogo entre Argentina e Irã prometem torcer para a equipe do Oriente Médio, atendendo a um pedido do técnico Carlos Queiroz feito neste sábado durante entrevista coletiva. Milhares de torcedores vestem verde e amarelo e não escondem a preferência pelos iranianos. "Contamos com o apoio dos brasileiros. Somando iranianos e brasileiros, seremos mais que os argentinos", convocou o treinador. O engenheiro Carlos Eduardo Vieira não conseguiu ingressos para os jogos do Brasil e resolveu assistir à partida da Argentina para ver - e "secar" - Lionel Messi. "Para os brasileiros, seria uma partida de festa, mas a gente não consegue ser imparcial quando a Argentina está em campo. Vou torcer para o Irã abertamente", afirmou o torcedor de 45 anos. A estudante Carla Freitas, de verde e amarelo, torce contra a Argentina para evitar um eventual confronto com o Brasil nas próximas fases da Copa. "Queria que eles caíssem antes. Um confronto com o Brasil vai ser muito equilibrado", conta a universitária de 22 anos que mora em Belo Horizonte. "Estamos com o Queiroz. Ele não precisaria ter pedido", afirma o estudante Silas Manfredini, também morador da capital mineira e que só conseguiu ingresso para o jogo deste sábado. Com o apoio dos brasileiros aos iranianos, as arquibancadas do Mineirão vão reviver a disputa que aconteceu no Maracanã na estreia da Argentina na Copa. Os brasileiros apoiaram a Bósnia e chegaram a vaiar Lionel Messi no início do segundo tempo. Em vários momentos, gritaram o nome de "Neymar" para provocar o argentino. Coincidentemente, logo após as vaias, o astro fez o segundo gol da vitória da Argentina. Enquanto brasileiros prometem apoio ao Irã, alguns iranianos confessam a admiração pelo ídolo argentino. Vahid Babaei, que vive em Teerã, é torcedor do Barcelona e veio ao Brasil acompanhar o Mundial. "No Irã, Messi é mais popular que Cristiano Ronaldo. Ele é um grande jogador e eu gostaria de tirar uma foto com ele", falou Vahid. "As chances do Irã no jogo são de 10%, mas adoro futebol e está é minha primeira Copa do Mundo." Vahid, que veio com a esposa, chegou ao Brasil há uma semana. Ele assistiu ao primeiro jogo do Irã contra a Nigéria, e, além do jogo do Mineirão contra a Argentina, vai a Salvador acompanhar de perto Irã x Bósnia.

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