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Brasileiros desconhecem adversário

Por Agencia Estado
Atualização:

A reação dos jogadores brasileiros sobre o próximo adversário da seleção, nas quartas-de-final da Copa América é quase unânime: "Putz, não sei nada desse time". A equipe de Honduras provocou um enorme ponto de interrogação. Sem saber o esquema tático adotado, muito menos o nome de algum dos jogadores hondurenhos, os atletas do Brasil contam apenas com o trabalho da comissão técnica, que se encarregou de providenciar alguns vídeos de partidas do time centro-americano. Mas tão grande quanto a ignorância sobre o que vão encontrar do outro lado do gramado, é o consenso com relação à receita para vencer o ilustre desconhecido e seguir firme rumo ao tricampeonato. "Eu acho o seguinte. A gente tem de jogar o nosso futebol sem nos preocuparmos muito com o adversário", afirmou o atacante Denílson, que vai entrar como titular na segunda-feira, em Manizales. Essa linha de raciocínio é seguida por Guilherme, que pode ser o companheiro de ataque. "Não acho que vá haver aquela história de esperar para estudar o adversário. O negócio é impor nosso esquema", observou. O goleiro Marcos preferiu seguir o mesmo discurso que vem adotando desde a primeira rodada, ou seja, manter sempre a cautela. Ele não esconde que não sabe nada sobre Honduras e que o Brasil é, de fato, o favorito. "Mas isso é por causa da tradição", disse. "Sei que se perdemos, teremos de voltar para casa com todo mundo nos xingando. Então o negócio é entrar com o mesmo espírito que demonstramos contra o Paraguai." Mas apesar do desconhecimento quase que total sobre o futebol hondurenho e ,mais especificamente, sobre o time que está disputando a Copa América, há um detalhe que já preocupa os brasileiros. Para eles, o fato de o favoritismo absoluto ser da equipe de Luiz Felipe Scolari, vai fazer com que o adversário entre no campo descompromissado, o que pode ser muito perigoso. O meia Alex, um dos poucos que assistiram ao jogo entre Honduras e Uruguai, na quinta-feira, afirmou que o ponto forte da equipe é o ataque, que conta com dois jogadores fortes e perigosos. "Mas, sinceramente, não me lembro o nome deles". Os brasileiros preferem não acreditar que a derrota do Uruguai para Honduras, que definiu os confrontos da próxima fase, tenha sido intencional. Comentou-se na Colômbia que os uruguaios teriam feito ´corpo-mole´ para evitar uma mata-mata antecipado contra os brasileiros. "Mesmo sem conhecer o time de Honduras, acho que deve ser bom, pois venceu o Uruguai com méritos", disse o meia Juninho Paulista. "Agora, para enfrentar uma equipe que não conhecemos, acho que a melhor estratégia é mesmo tentar impor o nosso ritmo."

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