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Brasileiros podem se beneficiar das indenizações da Fifa

Clubes do Brasil poderão ter o direito de pedir indenização quando seus jogadores forem cedidos à seleção

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Por Jamil Chade
Atualização:

Os clubes brasileiros poderão ter o direito de pedir indenização quando seus jogadores forem cedidos à seleção, assim como ocorrerá com as agremiações européias. Na última segunda-feira, a Fifa e a Uefa chegaram a acordo que prevê o pagamento, pelas entidades, aos clubes que tiverem atletas convocados. Segundo a Agência Estado apurou, a Fifa assinou carta na qual se compromete com os clubes europeus a ampliar o benefício para todas as regiões mundo, inclusive o Brasil. Desde que os cartolas de cada continente concordem em abrir os cofres. Na semana que vem, o Comitê Executivo da Fifa se reúne em Zurique para definir a questão. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, estará na Suíça. Mas tomar uma decisão a favor dos clubes de todo o mundo pode não ser tão fácil. Cartolas do Barcelona revelaram à Agência Estado que a principal dificuldade é convencer Ricardo Teixeira e o presidente da Associação de Futebol da Argentina, Julio Grondona, a permitir que os clubes peçam indenização. Com o acordo entre a Fifa e a Uefa, os clubes europeus concordaram em abandonar todos os processos que existiam na Justiça contra as duas entidades. Além disso, o G-14, grupo dos clubes mais poderosos do Velho Continente, será extinto, dando lugar a uma associação com 103 agremiações da região. Joan Laporta, presidente do Barcelona e vice-presidente da recém-criada entidade, garantiu que a Fifa já se comprometeu a criar uma organização internacional de clubes e de ampliar a indenização a times de fora da Europa. "Estou certo de que essa entidade internacional sairá", afirmou o dirigente. Os cartolas europeus, porém, alertam que a dificuldade na criação do benefício aos times brasileiros é a oposição de Ricardo Teixeira ao novo sistema. Na prática, isso exigiria que a CBF e a Conmebol dividissem parte de seus lucros com os clubes. "Teixeira e Grondona (no caso argentino) lutarão contra isso. Mas não sei se haverá outra forma de lidar com os clubes", afirmou um conceituado dirigente europeu.

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