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Brasiliense aposta na experiência

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Por Agencia Estado
Atualização:

Primeiro chegou o meia Marcelinho Carioca, de 34 anos. Depois, o técnico Valdir Espinosa e o atacante Oséas, de 31. E, há dois dias, veio o volante Vampeta, também de 31 anos. Ao apostar em estrelas já não tão radiantes, que se juntaram a Iranildo, Tiano e Wellington Dias, o time do jovem Brasiliense (tem quatro anos de existência) acredita que vai fazer barulho logo em seu ano de estréia na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. E barulho, efetivamente, o Brasiliense já fez, não tanto pela atuação da equipe, que estreou com empate por 2 a 2 contra o Vasco, mas pela ameaça de ser severamente punido pelo STJD, por ter descumprido determinação da CBF para jogar esta partida com portões fechados. "Nossa equipe tem potencial, determinação e objetivo de conquistar resultados importantes no Campeonato Brasileiro", disse Valdir Espinosa. "Não entramos na competição para ser coadjuvantes", reforça Marcelinho. Apesar do otimismo, diretores e torcedores ?rezam? para que não haja crises de relacionamento, uma vez que alguns dos recém-contratados têm histórico de polêmicas e confusões. Entre os três, a mesma intenção de reconquistar espaço no futebol brasileiro, uma vez que foram ?repatriados?. Marcelinho estava na França, Oséas, no Japão, e Vampeta, no Kuwait. O ex-senador Luiz Estevão, presidente e dono do Brasiliense, garante que o ego exagerado dos novos contratados não o preocupa. "Não acho que surgirão problemas. As informações que tenho deles (jogadores) são muito boas", afirma o empresário. "O Marcelinho está há quatro meses no Brasiliense e o que eu vi, até agora da parte dele, foi competência e responsabilidade, compromisso e profissionalismo." O volante Vampeta, amante assumido da noite, chegou animado. Revela que as razões da alegria não se referem ao salário, mas à proposta de trabalho da equipe e porque reencontrou velhos amigos: "Marcelinho, o Valdir Espinosa, Oséas, Iranildo... Eles são meus amigos, pessoas que admiro, com alguns deles já trabalhei e agora estamos numa proposta de conquistas." Marcelinho esclarece que continua evangélico, disposto a trabalhar e determinado a surpreender na competição. Foi ele que ?avalizou? a vinda de Vampeta. Valdir Espinosa pede calma para a máquina começar a funcionar, justificando que seu time ainda está em formação. Mas a diretoria e a comissão técnica do Brasiliense não confiam apenas na ?abnegação? dos novos contratados para conseguir bons resultados no campeonato. Segundo o treinador, os jogadores são incentivados a produzir e vão receber pela produtividade individual. "O ganho depende do desempenho. Então, os jogadores são incentivados a produzir mais pela equipe e não gerar problemas", conta Espinosa. A estratégia de vincular salários a produtividade tem se revelado eficiente. Em quatro anos de existência, o Brasiliense não pára de conquistar títulos - o mais importante deles, o vice-campeonato da Copa do Brasil, em 2002 - e pulou da Série C, em 2002, para a divisão de elite este ano.

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