O ex-presidente do Vasco, Antonio Soares Calçada, segue depondo na CPI do Futebol, sobre denúncias de irregularidades na contabilidade do clube. Calçada disse ao senador Geraldo Althoff (PFL- SC), relator da CPI, que entende como "normal" e "natural" o fato do clube de São Januário haver pago uma indenização por danos morais ao ex-dirigente Sérgio Paulo Gomes de Almeida, no valor de R$ 37 mil. Almeida foi à Justiça, em 1981, contra Calçada, que na época era presidente do Vasco, por este ter "ferido a honra" de Almeida, segundo o processo tramitado e julgado. "Eu entendo que, como o ato cometido por mim se deu no exercício da Presidência, é justo que o clube pague a ação" . Antonio Soares Calçada rechaçou as denúncias do ex-conselheiro fiscal do Vasco, Hércules Santana, que disse recentemente na CPI não ter aprovado as contas do clube "porque a direção do Vasco nunca as apresentava". Para Calçada, Santana "não examinou a contabilidade porque não quis". Sobre o depósito de R$ 2,03 milhões que a Vasco Licenciamentos S/A fez na conta do funcionário Aremithas José de Lima, Calçada disse que a operação foi considerada "legal" pela direção do clube uma vez que "a contabilidade do Vasco estava bloqueada e o clube necessitava de dinheiro para comprar alimentos para os jogadores". Ao ser consultado sobre a operação envolvendo o Vasco e a Confederação Sul-Americana de Futebol, no valor de US$ 110 mil. Antonio Soares Calçada disse que o cheque, trocado no paralelo, "não entrou na contabilidade do Vasco porque era ressarcimento das despesas do clube em Tóquio, no Japão, quando participou da Copa Toyota.