A Fifa confirma que alguns dos ingressos vendidos no mercado negro são de federações nacionais, que receberam os ingressos da Fifa. A entidade informou nesta manhã que dois cambistas que operavam no hotel usado pela Fifa como centro de operação no Rio de Janeiro foram presos. Os cambistas, um deles sendo francês, foram pegos operando no hotel Sofitel, em Copacabana. O local é ocupado pela Fifa como escritórios e serve como sede da entidade no Brasil. As denúncias fizeram a Fifa agir e a polícia interveio para prender os cambistas. 50 ingressos foram encontrados por os criminosos, que passaram a ser investigados pelas autoridades brasileiras. "É incrível que essas pessoas se sentem entre pessoas da Fifa e vendam entradas", declarou Thierry Weil, diretor de Marketing da entidade. "Eles estão presos hoje", garantiu. "
Weil admitiu que alguns dos ingressos - cerca de dez - estavam em nomes de federações nacionais. Mas o dirigente se recusou a dar o nome das entidades. "Isso não é importante. Não adianta culpar as pessoas", insistiu. A Fifa tem um histórico de casos de dirigentes que chegaram a atuar como cambistas, revendendo seus ingressos com lucros. O Estado revelou ontem que mais de 70 mil ingressos foram dados pela Fifa para cartolas de todo o mundo. Weil também se recusou a dar informações se os ingressos estavam em nomes de cartolas da Fifa. "Não tenho ideia". Além de entradas em nome de federações nacionais, a Fifa também encontrou com cambistas ingressos que eram de patrocinadores. "Não tenho o nome desses patrocinadores", completou Weil. "Seria errado culpar as empresas".