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Camilo marca, defesa funciona e Botafogo bate o Atlético Nacional na Libertadores

Equipe carioca vence por 2 a 0 fora de casa e divide liderança do Grupo 1 da competição com o Barcelona-EQU

Por Itamar Cardin
Atualização:

O adversário era o atual campeão da Copa Libertadores. E o jogo era em Medellín, cidade da Colômbia que impulsionou o Atlético Nacional rumo ao título de 2016. Ainda assim, com uma excelente atuação defensiva, o Botafogo segurou o perigoso adversário e contou com um gol de Camilo e outro de Guilherme, este já nos acréscimos, para ganhar do time colombiano por 2 a 0, nesta quinta-feira, no estádio Atanasio Girardot.

O bom resultado deixou o Botafogo na liderança do Grupo 1, com os mesmos seis pontos do Barcelona, de Guayaquil (Equador). Já o Atlético Nacional, que perdeu seus principais jogadores da campanha do título - como Guerra e Borja, para o Palmeiras, e Berrío, para o Flamengo -, complicou-se na competição: não somou nenhum ponto, assim como o Estudiantes, da Argentina.

Camilo abriu o placar para o Botafogo na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Nacional Foto: Fredy Builes/Reuters

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Na próxima quinta-feira, no Equador, o Botafogo faz um importante duelo contra o Barcelona, enquanto que o Atlético Nacional tenta arrancar na competição também fora de casa, na quarta, contra o Estudiantes. O time brasileiro, contudo, tem antes pela frente a decisão da Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca), neste domingo, contra o Vasco.

O Botafogo iniciou o jogo desta quinta-feira sabendo das dificuldades que teria pela frente. O atual campeão da Libertadores, por um lado, precisava se reabilitar após perder a sua estreia na competição. O próprio time carioca, por outro, teria os importantes desfalques do volante Aírton, com uma lesão no músculo adutor da coxa direita, e do meia argentino Montillo, com dores na parte posterior da coxa direita. Chance para Camilo mostrar serviço entre os titulares.

E, como era de se esperar, o Atlético Nacional aproveitou o apoio de seu torcedor e começou controlando o jogo, embora não chegasse com grande efetividade. Já o Botafogo, ciente de que o empate seria um grande resultado, fechou-se com inteligência e diminuía os espaços.

O jogo, assim, avançava em ritmo lento, moroso, favorável ao time brasileiro. O Atlético Nacional só foi chegar aos 12 minutos, em chute sem muito perigo de Dayro Moreno, e aos 22, em bate-rebate na área que ninguém completou para o gol.

Bem postado na defesa, aos poucos o Botafogo também foi se lançando aos contra-ataques. Rodrigo Lindoso e João Paulo se movimentavam bem e lideravam o meio de campo, enquanto que Camilo era participativo e buscava o jogo.

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O meia assustou pela primeira vez em chute defendido por Franco Armani. E, aos 38 minutos, após cruzamento da intermediária de João Paulo, Camilo acelerou a corrida, apareceu de surpresa no meio da zaga e cabeceou para abrir o placar. Ele ainda foi aplaudido pelo técnico Jair Ventura - havia um certo "ruído" entre os dois após o jogador reclamar da reserva.

O segundo tempo começou como se não houvesse tido intervalo. Em tudo parecia similar à etapa inicial: o Botafogo recuado, seu sistema defensivo bem postado e o Atlético Nacional atacando sem efetividade. O time colombiano até rodava o jogo, os laterais faziam a ultrapassagem e a bola circulava do meio para as laterais. Mas faltava a infiltração. Assim, só chegava em cruzamentos e em chutes de longe.

Aos 25 minutos, enfim, o Atlético Nacional assustou pela primeira vez na etapa final: Bocanegra deu belo corte em Victor Luís, invadiu a área e bateu firme, por cima, com perigo. Era pouco. Tanto que o técnico Reinaldo Rueda, preocupado, sacou o zagueiro Nájera e colocou o atacante Dájome.

Assim, o time colombiano passou os últimos 20 minutos no campo do Botafogo. Foi em vão. Sem inspiração, o atual campeão da Libertadores parou na boa defesa do time brasileiro. E, já nos acréscimos, Guilherme fez boa jogada, acertou belo chute de fora da área e assegurou o triunfo, garantindo os 100% do Botafogo na fase de grupos da competição.

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OUTROS JOGOS

Mais duas partidas, ambas pelo Grupo 3, foram realizadas nesta quinta-feira. No estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o River Plate não deu chances à zebra e derrotou o Melgar, do Peru, por 4 a 2. Assim, manteve os 100% de aproveitamento em duas rodadas e lidera isoladamente a chave com seis pontos. Os peruanos estão terceiro, com três. O destaque ficou para Sebastian Driussi, autor de dois gols para a equipe argentina.

Quem conseguiu a primeira vitória na Libertadores foi o Emelec, que em casa, na cidade de Guayaquil, no Equador, bateu o Independiente Medellín, da Colômbia, por 1 a 0. Os equatorianos assumiram o segundo lugar, com três pontos, e deixaram os colombianos na lanterna, sem pontuar. O gol foi de Eduar Preciado, aos 22 minutos do segundo tempo.

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FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO NACIONAL 0 x 2 BOTAFOGO

ATLÉTICO NACIONAL - Franco Armani; Bocanegra, Nájera (Dájome), Alexis Henríquez e Farid Díaz; Bernal (Aldo Ramírez), Diego Arias e Macnelly Torres; Dayro Moreno (Mosquera), Ibargüen e Luis Ruiz. Técnico: Reinaldo Rueda.

BOTAFOGO - Gatito Fernández; Emerson Santos, Joel Carli, Emerson Silva e Victor Luís; Bruno Silva, Rodrigo Lindoso, João Paulo e Camilo (Fernandes); Rodrigo Pimpão (Guilherme) e Roger (Sassá). Técnico: Jair Ventura.

GOLS - Camilo, aos 38 minutos do primeiro tempo; Guilherme, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Macnelly Torres (Atlético Nacional); Gatito Fernández, Emerson Silva e Sassá (Botafogo).

ÁRBITRO - Ulises Mereles (Fifa/Paraguai).

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RENDA E PÚBLICO - não disponíveis.

LOCAL - Estádio Atanasio Girardot, em Medellín (Colômbia).

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