
27 de setembro de 2019 | 06h22
A Liga MX, responsável pela primeira divisão do Campeonato Mexicano, anunciou nesta quinta-feira punições para gritos homofóbicos no estádios, que vão desde a expulsão dos autores até a suspensão temporária das partidas.
O presidente da liga, Enrique Bonilla, informou que os castigos começarão a ser válidos a partir do dia 25 de outubro, na disputa da 15ª rodada do Torneio Apertura.
O dirigente lembrou que a federação do país já foi multada 14 vezes pela Fifa devido a um grito tradicional no futebol local, o de "puto!", entoado a cada momento em que o goleiro adversário faz uma reposição de bola. O termo é uma forma pejorativa de se referir a homossexuais.
Apesar das campanhas para erradicá-lo, o canto se repete durante os jogos da seleção mexicana, assim como na maioria dos estádios em jogos da primeira divisão.
Bonilla detalhou o procedimento para evitar as manifestações discriminatórias. Após o primeiro grito, haverá um aviso através do sistema de som, e responsáveis pela segurança procurarão pelos infratores para retirá-los do estádio. Em caso de reincidência, o árbitro interromperá a partida por cinco minutos para que os preconceituosos sejam encontrados.
Se houver uma terceira manifestação preconceituosa, o juiz e todos os jogadores irão para os vestiários por tempo indeterminado, e um quarto grito levará a equipe da casa a ser punida com a perda de um mando de campo. Caso o infrator seja torcedor dos visitantes, o punido será o clube que está atuando fora de casa. Nenhuma partida será cancelada.
O estádio Azteca, sede da final das Copas do Mundo de 1970 e 1986, sobe o volume do sistema de som a cada vez que o goleiro visitante faz uma reposição de bola, a fim de inibir o grito homofóbico./com informações da EFE
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