Santos e Corinthians têm o mesmo obstáculo na preparação para o clássico: o cansaço. O Corinthians desembarcou na madrugada de ontem por causa de um atraso de uma hora na decolagem em Bogotá após o empate com o Millonarios. Para o Santos, a situação foi pior. A equipe jogou na quinta-feira na altitude de 3.400 metros de Cuzco, no Peru, na derrota para o Real Garcilaso e retornou a São Paulo só ontem à noite. Para os dois times, o desafio é recuperar os jogadores.
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A volta à capital paulista foi mais uma etapa de uma semana difícil para os santistas. O time de Jair Ventura jogou no domingo, com o Santo André, em casa. Na terça-feira, viajou ao Peru, onde desembarcou no começo da madrugada de quarta. A equipe fez uma parada em Lima, onde realizou uma atividade física sob forte calor. No mesmo dia, à noite, partiu para Cuzco, local do duelo de quinta-feira. No retorno, o time optou por ficar em São Paulo para economizar tempo. Hoje, treina no Pacaembu.
“Agora é descansar. Nós completamos nosso décimo jogo no ano. Sabemos da força do Corinthians. Eles tiveram um dia a mais de descanso, nossa altitude foi maior, mas temos de superar isso tudo para voltar à sequência boa de vitórias que estamos dentro do Paulistão”, disse Jair Ventura.
Para Renato, o time não se adaptou ao jogo na altitude. “Sentimos bastante, principalmente a bola aérea”, disse o volante, que havia sido poupado da partida com o Santo André.
O Corinthians enfrentou menos dificuldades. O time de Fábio Carille jogou no sábado, contra o Palmeiras, e viajou na segunda-feira para Bogotá. Depois da partida na quarta-feira, a equipe só conseguiu chegar a São Paulo na madrugada de ontem, por causa do atraso na decolagem na Colômbia.
Ontem, os reservas corintianos treinaram e os titulares fizeram trabalho regenerativo. “Será outro jogo pegado. A gente sabe que clássico tem que ganhar. Eles jogaram quinta-feira na Libertadores. Vai ser um jogo difícil como todos os clássicos. Agora é descansar, fizemos uma viagem cansativa, temos de descansar a perna”, disse o atacante Romero.
Emerson Sheik afirma que o Corinthians pode levar vantagem no clássico por ter tido um dia a mais de preparação que o Santos. “Acho que atrapalha, sim (o Santos). Não sou formado em fisiologia, tampouco preparação física. Mas entendo que pode atrapalhar um pouco. Quando a bola rola, muda. O atleta tira energia de onde a gente nem imagina”, disse o atacante de 39 anos, que atuou na Colômbia.
A principal novidade do Corinthians será o meia Rodriguinho, que estava suspenso na estreia da Libertadores. Ele foi o único titular que não jogou na Colômbia – Mateus Vital entrou em seu lugar.