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Caravana vai ao estádio por Adãozinho

Por Agencia Estado
Atualização:

A família e os amigos do volante Adãozinho não fizeram por menos na partida decisiva do São Caetano na Copa Libertadores. Se os irmãos já tinham o hábito de buscar o jogador no aeroporto a cada viagem, a expectativa de vê-lo ser campeão da América foi suficiente para mobilizar uma caravana de 80 pessoas que saíram de Pedra Bela, a 30 quilômetros de Bragança Paulista, para o estádio do Pacaembu, onde o time enfrentou o Olimpia. "A maioria das pessoas são gente da família, já que somos em dez irmãos, mas os amigos mais chegados também vieram", explica Celina Fernandes, irmã de Adãozinho. Trazer todo o grupo foi uma operação complicada. Ela alugou dois ônibus e conseguiu, a duras penas, os ingressos no tobogã, além de providenciar a confecção de faixas, que foram quase todas proibidas pela segurança. Entre os amigos, o sentimento era uma mistura de orgulho entre aqueles que chegaram a atuar do lado de Adãozinho no futebol de várzea e a felicidade de ver um amigo de infância que passou por dificuldades para vencer na vida, mas não perdeu a simplicidade. "A gente se conheceu criança e cresceu junto e é uma grande emoção ver uma pessoa que conviveu com a gente em campo", disse o vendedor José Geraldo Costa. "Ele sempre jogou bem, desde o futebol de várzea. E sempre foi deste jeito: entrava no campo meio quietão, mas quando chegava a hora, jogava bem para caramba", contou o agricultor Hércules Leme. Roberto Lemos, outro que atuou ao lado do jogador, admitia estar emocionado. "Eu torço muito por ele porque ele não esqueceu o povo de Pedra Bela." O comerciante Messias da Costa lembrou que Adãozinho é mais brincalhão e extrovertido fora de campo. Agnaldo Elvino garantiu que ser irmão de jogador não é fácil. "Acho que eu sofro mais aqui do que ele em campo", afirmou. Bruna Fernandes, sobrinha de Adãozinho, estava acompanhando a primeira final da vida, aos 8 anos. "É uma sensação nervosa, mas vale a pena", descreveu. Elenice Vieira, também irmã do jogador do São Caetano, disse que a emoção em momentos como este é muito grande e o que vale é apoiar o ilustre familiar.

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