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Cariocas investem pouco para o Rio-SP

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Por Agencia Estado
Atualização:

O meia Léo Lima, do Vasco, o atacante Adenílson, do Botafogo, e o técnico do Fluminense, Oswaldo de Oliveira, refletem a nova filosofia do futebol carioca, que trocou os grandes craques pela opção de promover jogadores das divisões de base, investir em atletas de equipes modestas e usar a experiência de treinadores consagrados para resolver o problema da carência de jogadores. O Flamengo é uma exceção: contratou os meias Juninho Paulista e Leonardo. Pressionado pela caótica situação financeira, o Vasco adotou uma idéia pioneira do Fluminense e fixou o valor máximo para o pagamento de salário em R$ 100 mil. Os únicos privilegiados são o artilheiro vascaíno Romário, com ganhos de cerca de R$ 400 mil, e, no Tricolor, Roger, que recebe R$ 250 mil. Para ter uma boa equipe, os dirigentes vascaínos estão valorizando seus jogadores das divisões de base. O principal exemplo é o meia Léo Lima, que, depois do bom desempenho no Campeonato Brasileiro de 2001, teve o contrato renovado por cinco anos. A outra preocupação do Vasco foi a de manter no elenco a vitoriosa dupla de atacantes Romário e Euller. O Vasco também preferiu investir em atletas de times considerados pequenos, como o volante Haroldo e o atacante Adriano, ambos do Madureira, além de Gleisson, do Comercial-SP. Já o meia Marlon e o lateral-direito Leonardo vieram do Cruzeiro e Botafogo, respectivamente. No Botafogo, a contratação de Bebeto de Freitas para o cargo de diretor-executivo, responsável por todo o departamento de futebol, serviu para impedir que a diretoria do clube voltasse a cometer os erros do passado, contratando atletas sem um planejamento orçamentário. O desconhecido Adenílson, que atuava no modesto Alegrense, do Espírito Santo, chegou ao clube com a fama de ser um grande artilheiro. Os outros reforços do Botafogo são os experientes volantes Romeu (ex-Corinthians) e Carlinhos (ex-Portuguesa). O lateral-direito Cicinho e o meia Alexandre, que eram do Atlético-MG, acertavam nesta quinta-feira sua regularização no clube, depois de seus passes terem sido envolvidos em uma troca pelo meia Rodrigo. O Fluminense, que desde o ano passado vem adotando medidas para sanear suas finanças, é o clube menos disposto a movimentar o mercado de jogadores. A ordem da diretoria é a de renovar o contrato do elenco de 2001 e a baixar a folha salarial de R$ 1,2 milhão para R$ 800 mil. O clube montou um esquema de guerra para impedir a saída do técnico Oswaldo de Oliveira, que tem a missão de formar uma equipe reforçada com jogadores das divisões de base. O meia Fábio Melo (ex-Danúbio, do Uruguai) foi a única contratação realizada. Mesmo com dívidas que chegam a R$ 140 milhões, o Flamengo usou seus craques para contratar outros. O clube se desfez do meia Beto e do atacante Edílson, além do meia Petkovic, que dificilmente permanecerá. Para compensar, chegaram Juninho Paulista e Leonardo. O Rubro-Negro também investiu em atletas desconhecidos como o zagueiro Valnei (ex-Santa Cruz) e o atacante Espíndola (ex-Avaí e Bangu). Além de aproveitar os jogadores das divisões de base, os grandes clubes do Rio apostam em uma outra solução caseira: o retorno dos jogadores que estavam com seus passes emprestados a outras equipes. O meia Alex Oliveira, do Vasco, o atacante Leandro Machado, do Flamengo, o atacante Magrão, do Botafogo, e o atacante Marco Brito, do Fluminense, podem ser citados como exemplos.

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