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Carlos Alberto chega ao São Paulo e refuta fama de 'bad boy'

Meia quer apagar confusões do passado e promete empenho para conquistar a Libertadores

Por Giuliano Villa Nova
Atualização:

Carlos Alberto fez duas promessas nesta segunda-feira, quando vestiu pela primeira vez a camisa do São Paulo: o comportamento polêmico ficou no passado e o time estará preparado para disputar a Copa Libertadores. Veja também:  Souza deve ter o aumento que reclama para ficar no São Paulo "É fácil rotular uma pessoa como bad boy, sem conhecê-la bem", opinou. "Não sou aquele mesmo jogador do Corinthians, estou casado e tenho planos para minha família", comentou, ciente de que a competição continental é o principal objetivo do clube do Morumbi este ano. "Uma Libertadores não se ganha apenas com técnica e um passado glorioso. Esse foi o erro do Corinthians", observou Carlos Alberto, eliminado do torneio em 2006, pelo River Plate, da Argentina, quando defendia o time do Parque São Jorge. O jogador admite que cometeu muitos erros na carreira, mas também se acha perseguido por suas atitudes. "No Brasil, é comum esquecer o que uma pessoa fez de bom e só ver o lado negativo", opinou. "Mas não devo satisfação para ninguém, quero estar feliz por jogar futebol, coisas que não tive nos últimos seis meses", comentou Carlos Alberto. PROBLEMAS O período em que defendeu o Werder Bremen, da Alemanha, foi desastroso para a carreira do jogador de 23 anos. Além de perder visibilidade, sofreu com uma série de lesões: uma no joelho e duas na coxa, sem contar uma infecção na glândula tireóide, um distúrbio de sono e a dificuldade em se adaptar ao frio. Além disso, brigou com o jogador marfinense Sanogo e acabou afastado do elenco. "Tudo isso me deixou mito estressado e deprimido", conta. "Desde que cheguei ao São Paulo, além de ser bem recebido por todos, estou tendo o prazer de treinar sem dores e sem nenhuma lesão", disse. A receptividade e a estrutura que encontrou no São Paulo fazem Carlos Alberto pensar em prorrogar seu empréstimo - inicialmente, com duração até o mês de julho. "Quero ficar mais tempo, porque a estrutura que encontrei aqui não deve nada para muitos clubes da Europa", disse o jogador, que também vestiu a camisa do Porto, de Portugal. "Meu irmão (Fernando, volante que jogou em 2007 no São Paulo) já me falava maravilhas do clube e fiquei muito feliz com a chance de atuar aqui", comentou. "Se fosse outro clube, pensaria duas vezes, mas, em se tratando do São Paulo, tudo se resolveu rapidamente." Se foi bem recebido pelos companheiros, Carlos Alberto espera ter o mesmo tratamento por parte da torcida - mesmo tendo defendido o rival Corinthians. Para isso, promete muita dedicação. "Sou um lutador. Apesar de atuar do meio-campo para frente, se tiver de voltar para marcar e correr o tempo todo, vou fazer", garantiu. "Posso não jogar bem, mas nunca vou deixar de me dedicar." A previsão da comissão técnica é a de que Carlos Alberto possa participar dos treinos coletivos em até 20 dias. Mas o jogador quer abreviar o tempo de espera. "Com cinco dias de treinos, já me sinto solto e quero entrar no time o quanto antes", disse. "A ansiedade é normal."

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