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'Carregamos o fantasma do 7 a 1 todos os dias', admite Tite

Treinador admite que jogo com a Alemanha será o mais importante de sua passagem pelo Brasil em termos psicológicos

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Por Jamil Chade e Berlim
Atualização:

Na véspera do jogo entre Brasil e Alemanha em Berlim, o técnico Tite não hesita em admitir que o resultado de 7 a 1 em 2014 continua sendo um "fantasma" e que a partida amistosa é, em seus quase dois anos no comando da seleção, o jogo mais importante até hoje em termos psicológicos. + Alemão critica valor pago por Neymar: 'Nenhum jogador vale R$ 821 milhões' + Jogadores alemães admitem que se emocionaram ao ver torcida chorando após 7 a 1 "Ele tem um componente de maturidade importante", disse o treinador, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira. "É importante fazer esse enfrentamento antes da Copa. Carregamos esse fantasminha todos os dias. Ele está todos os dias aqui. Por isso, aqui em Berlim, queremos passar mais uma etapa", afirmou.

Tite comanda seleção em último treino antes de jogo com a Alemanha. Foto: Pedro martins/MoWa Press

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"Esse é o principal teste emocional e psicológico que já tivemos. Por tudo o que ele representa. Pelo resultado da semifinal de 2014, por ser pela última campeã, traz um componente emocional", afirmou, lembrando que está na casa da Alemanha. "Mentalmente, é muito importante", disse, apontando até para um "constrangimento" em tratar do assunto do 7 a 1 na coletiva de imprensa. "Mas ele é real", disse.

O treinador admite que sua perna "continua tremendo", uma frase que o marcou na primeira coletiva ao assumir a seleção em 2016. "Mas mesmo tremendo eu dou passos para frente", disse.

Tanto Tite como Daniel Alves, que assume a braçadeira de capitão nesta semana, se recusavam a fazer qualquer tipo de críticas aos resultados da Copa do Mundo de 2014 e ao trabalho do time do então técnico da equipe, Luiz Felipe Scolari.

"São etapas", disse o treinador, pedindo "ética". "Cada um tem sua história. Aquele time de 2014 foi campeão em 2013 na Copa das Confederações. É injusto falar da Copa e não falar de 3 a 0 na final contra a Espanha", apontou.