CAS anula punição e libera Marrocos para jogar Copa Africana

País havia sido punido por desistir de sediar o torneio deste ano

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Por Redação
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O Marrocos foi liberado para jogar as duas próximas edições da Copa Africana de Nações, após a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) cancelar, nesta quinta-feira, a suspensão imposta pela Confederação Africana de Futebol. A nação do Norte da África foi excluída dos torneio de 2017 e 2019 e multada em US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 3,15 milhões) pela CAF, que também exigiu mais US$ 9 milhões (R$ 28 milhões) em compensação depois que o país desistiu de sediar o torneio deste ano por causa da epidemia de Ebola. Embora tenha reconhecido que a decisão de Marrocos não era totalmente necessária, a CAS determinou que as sanções pesadas eram desproporcionais e que o regulamento da CAF não prevê expressamente a retirada de uma equipe de futuras competições.

Presidente da CAF, Issa Hayatou, entidade que puniu Marrocos Foto: JF Diorio/Estadão - 02/12/2013

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"O painel da CAS julgou procedente a apelação em uma grande proporção", disse a CAS em um comunicado oficial. "As sanções impostas pela CAF foram canceladas, com exceção da multa, que, contudo, foi reduzida para US$ 50 mil ((R$ 158 mil)".

A seleção de Marrocos foi retirada da competição deste ano depois que o país desistiu de sediar o torneio apenas dois meses antes do início, citando riscos para a saúde em razão da possibilidade de comparecimento de torcedores de regiões afetadas pelo Ebola. O país chegou a pedir um adiamento, mas a CAF se recusou a fazê-lo, transferindo o torneio para Guiné Equatorial.

O vice-presidente da federação marroquina, Nourredine Bouchhati, saudou a decisão da CAS como uma "excelente notícia". "Isso coloca um ponto final por agora nesse conflito com a CAF, com a qual vamos continuar trabalhando normalmente", disse. "Agora vamos nos reunir com o técnico da seleção Baddou Zaki para iniciar nosso programa de preparativos".

A CAS no entanto, disse que a CAF pode ter direito a indenização pelo "possível dano" causado por Marrocos, uma questão que "ainda pode ser examinada por outra jurisdição".

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