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Casagrande afirma que Corinthians precisará de reforços

Ex-atleta diz em entrevista ter visto poucos de futebol jogos ao longo do período em que esteve internado

Por Alex Sabino - Jornal da Tarde
Atualização:

Casagrande falou muito pouco sobre futebol em entrevista concedida nesta quinta-feira ao programa Altas Horas, da Rede Globo. Ele afirma ter visto poucos jogos ao longo do período em que esteve internado, mas não perdeu a chance de brincar quando foi questionado sobre o elenco atual do Corinthians. Veja também: 'Tive 4 overdoses antes de ser internado', diz Casagrande "Quer falar de droga também?", brincou, arrancando risos da platéia, para depois falar sério. "Para a Série A do próximo ano, o time vai precisar de quatro ou cinco reforços de peso". Mas o assunto que dominou a entrevista foi a relação do ex-atacante com as drogas. Ele descartou a participação em campanhas contra as drogas. "Sou dependente químico. Seria hipócrita dizer ‘não use drogas’", disse, com o tradicional semblante que exibia nas transmissões esportivas da Globo. Casagrande sempre foi considerado um dos jogadores mais esclarecidos do futebol, mas isto não o impediu de entrar neste submundo das drogas. "Nunca vive no mundo do futebol. Vive no meio da música, do rock n’ roll: fui produtor de Raul Seixas por um ano. Só fui saber o que era dependência química aos 45 anos". Nos primeiros oito meses de internação, em Itapecerica da Serra, o ex-jogador não teve contato com ninguém fora da clínica. "Todos os dias são uma emoção nova para mim, a partir de agora", emocionou-se. "Tenho que tomar cuidado porque eu sou doente, sou dependente químico. E assim serei pela vida inteira", disse. Casagrande revelou que teve recaídas assistindo a um filme sobre a história do pianista norte-americano Ray Charles, que também teve graves problemas com drogas injetáveis. "Sei que para algumas pessoas, tomar cerveja, fumar um baseado, dar um tiro (cheirar cocaína) não tem nada demais, até relaxa. Mas para mim tem. Isso é o que eu tenho que entender".

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