Catar reforça promessa de 'hospitalidade calorosa' aos torcedores durante a Copa

País celebra 100 dias para o início do Mundial, que trouxe desafios à pequena nação asiática, mas acelerou seu desenvolvimento

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Por Ricardo Magatti
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A 100 dias para o início da Copa do Mundo do Catar, o país do Oriente Médio reforçou sua promessa de que todos que forem assistir ao Mundial em novembro e dezembro serão bem-vindos e terão uma experiência agradável na pequena nação asiática situada no Golfo Pérsico. 

"Quando os fãs chegarem ao Catar, experimentarão nossa hospitalidade calorosa e nossa paixão pelo futebol", assegurou Nasser Al Khater, CEO da Copa do Mundo. Ele é um dos principais responsáveis pela preparação do torneio desde a licitação e prometeu que os fãs devem esperar uma experiência única.

Estádio Lusail, que irá receber a final da Copa do Mundo do Catar Foto: MUSTAFA ABUMUNES / AFP

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O CEO do comitê organizador do torneio diz que todos serão acolhidos, mas prefere não falar sobre o temor do público LGBTQIA+, cujas bandeiras de arco-íris, que representam o movimento em defesa dos direitos desse grupo, serão vetadas nas arquibancadas dos oito estádios do Mundial.

No entanto, o discurso é de que o Catar vai receber bem casais homossexuais, apesar de as leis locais criminalizarem a homossexualidade no país.

"Se você ama futebol, este será o melhor lugar para estar", disse Al Khater, citando a "natureza compacta" catariana que permitirá que o torcedor assista a mais de uma partida num único dia.

"Mesmo longe da ação no campo, haverá tanta coisa para fazer, com atrações turísticas e muitas opções de entretenimento. Eu encorajo todos a comprarem seus ingressos e a experimentarem uma Copa do Mundo como nenhuma outra na história", prosseguiu ele.

Oito estádios vão receber 64 partidas entre 20 de novembro e 18 de dezembro da 22ª edição da Copa, a primeira realizada no Oriente Médio e Disputada fora do período de férias de verão do hemisfério norte do planeta. O torneio será aberto com o duelo entre Catar e Equador no dia 20 de novembro, e não mais 21, de maneira a manter a tradição de ter o país-sede no jogo de abertura da competição.

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A Copa acelerou o desenvolvimento do pequeno país asiático, que melhorou sua infraestrutura, mas enfrentará desafios importantes, como acomodar uma multidão estimada em 1,5 milhão de pessoas - pouco mais da metade da população do país.

"Percorremos um longo caminho em um espaço de tempo relativamente curto", disse Al Thawadi, Secretário-Geral do Comitê Supremo para Entrega e Legado. 

"Sediar a Copa do Mundo acelerou o desenvolvimento do nosso país. Construímos uma infraestrutura incrível, desenvolvemos uma indústria de esportes e eventos de classe mundial e entregamos projetos humanos e sociais para beneficiar as pessoas no Catar e em todo o mundo", ressaltou.

O engenheiro-chefe, Yasir Al Jamal, esteve envolvido nas obras da infraestrutura do torneio, incluindo os sete estádios que o país construiu do zero, além da reconstrução da Khalifa International Stadium.

"Todos no Comitê Supremo podemos estar muito orgulhosos dos projetos que tanto trabalhamos para entregar", comentou Al Jamal. "É incrível pensar que no início dessa jornada simplesmente tivemos uma visão e ideias. Agora temos infraestrutura e locais que as comunidades de todo o país estão usando todos os dias".

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