CBF fecha parceria e Brasileirão é licenciado para jogo de videogame

Acordo de dois anos começará a ser válido já para o PES 2017

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

A CBF assinou nesta segunda-feira um acordo de dois anos com a multinacional japonesa Konami para licenciar o Campeonato Brasileiro no game Pro Evolution Soccer (PES), um dos mais jogados no mundo. O acordo já é válido para o PES 2017, que será lançado no próximo dia 13.

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Assim, na próxima edição do game será possível jogar o Brasileirão "oficial" com os 20 clubes da Série A. Alguns dos principais estádios brasileiros, como Maracanã, Mineirão, Itaquerão e Beira-Rio, serão reproduzidos fielmente no jogo.

Segundo a CBF, a parceria não irá gerar ganhos financeiros imediatos à entidade. "O contrato com a Konami é quase simbólico. Não existe ganho imediato, mas há uma perspectiva de ganhos através dos patrocinadores", afirmou Walter Feldman, secretário geral da entidade, sem, contudo, estimar valores.

A intenção da CBF é, no futuro, criar um campeonato nacional "real" do game, inclusive com transmissão pela TV. Para isso, a CBF pretende conquistar novos patrocinadores e engordar seu caixa. "Em primeiro lugar seria o elemento que bancaria um campeonato paralelo, mas também eventualmente ganhos para os clubes. E também para que a CBF tenha cada vez mais recursos para continuar fomentando e patrocinando o nosso futebol", sustentou Feldman.

O acordo não é extensivo à seleção brasileira, que segue sem ter sua marca licenciada no PES. Segundo Feldman, isso não aconteceu por se tratar do "início de processo" de parceria. "Quando nós contatamos a Konami foi para estabelecer o início de um sistema no qual o Brasil estava distante. Não havia nenhum tipo de iniciativa nessa área, e eu diria que nós estávamos muito pacientes a algo que a sociedade humana desenvolveu", afirmou o secretário.

Presente para realizar a assinatura do acordo, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, afirmou que "desde o início da nossa gestão, em 2015, avaliamos que esse seria um mercado a ser prospectado". Segundo ele, a intenção é internacionalizar o Campeonato Brasileiro, que é pouco visto no exterior e preterido por ligas europeias. Del Nero não respondeu perguntas dos presentes.

"Quando o presidente Marco Polo fala que uma parte ponderável dos aficionados por essa atividade gastam até dez horas por semana (jogando) é porque existe uma faixa etária que às vezes se interessa até mais por esse jogo virtual do que pelo jogo real", defendeu Feldman.

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"É uma tentativa de, através do game, trazer torcedores para os clubes brasileiros. Clubes, particularmente da Europa, ganham a simpatia do público brasileiro mesmo sem nunca ter estado por aqui. Parte disso é uma estratégia de marketing", encerrou o secretário.