Do PT ao PFL pelo menos 10 candidatos receberam doação da Confederação Brasileira de Futebol em suas campanhas nas eleições de 1998. Entre eles, estão Delfim Neto (PPB-SP), Eurico Miranda (PPB-RJ), Darcísio Perondi (PMDB-RS), Carlos Santana (PT-RJ), os senadores José Agripino ( PFL-RN), Hugo Napoleão (PFL-PI) e Antonio Carlos Amorim Júnior, filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No total, a CBF distribuiu R$ 5.138.000,00 em doações a políticos e entidades. De acordo com o deputado Pedro Celso (PT-DF), "é inconcebível que uma entidade que estivesse em situação pré-falimentar saia distribuindo sem critérios doações para campanhas políticas". Ricardo Teixeira disse que a legislação brasileira não proíbe a CBF de fazer doações em campanha. Mas o deputado Pedro Celso refutou dizendo que o artigo 24 da Lei 9.504/97 dispõe que não pode fazer doação em campanhas eleitorais, ao que Ricardo Teixeira retrucou: "Desde 1998 a CBF não é mais uma entidade sem fins lucrativos e todas as doações foram declaradas na Justiça Eleitoral".