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CBF já tem 13 patrocinadores. E quer mais

Nos últimos cinco anos, o faturamento da entidade com contratos de publicidade aumentou mais de 100%

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Por Almir Leite
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BRASÍLIA - A CBF iniciou a semana apresentando o 13º patrocinador para as seleções brasileiras de todas as categorias, a Samsung. Mas não vai parar por aí, e novos contratos serão fechados.Os planos da entidade são de aproveitar todas as oportunidades que aparecerem no mercado, pegando carona não só no sucesso atual da equipe - a seleção resgatou a credibilidade dentro e fora do País com a conquista da Copa das Confederações - mas também no fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014. E não há limites. O lema é o seguinte: se for um bom negócio e não houver conflitos com os parceiros já existentes, fecha-se o patrocínio.Essa política já era adotada quando Ricardo Teixeira estava no comando da entidade, e foi mantida na administração de José Maria Marin - que não nega ser ávido por acordos que coloquem bom dinheiro nos cofres. “Existem outros estudos (de propostas de patrocínio), que estamos vendo com muito carinho e muito cuidado”, admitiu Marin. “A CBF já era bastante procurada e isso aumentou, mas não pode haver conflito com aqueles que já são nossos patrocinadores.'”A CBF não pode reclamar. As receitas com patrocínio cresceram significativamente nos últimos anos, embora estejam ainda longe do que a entidade pode pôr no caixa em cada amistoso da seleção. Em 2008, por exemplo, a arrecadação com patrocinadores foi de R$ 107,4milhões; em 2013, alcançou R$ 235,5 milhões, de acordo com o balanço da entidade (veja arte abaixo). Só o contrato com a Nike, o maior de todos, rendeu no ano passado R$ 61,7 milhões.E as receitas com essa origem vão continuar crescendo. O acordo com a Samsung, por exemplo, vai garantir US$ 6 milhões (R$ 13,7 milhões) por ano. O compromisso vai até 2018. No primeiro semestre, foi fechado contrato de seis anos com a Unimed Seguros, de valor não revelado.Mas também há tropeços. A CBF tinha até recentemente um contrato de R$ 40 milhões/ano que iria até 2026 com a Marfrig, que explorava a marca Seara em banners, placas e uniforme de treinos da seleção. Como a empresa ficou inadimplente, o acordo foi rompido no início de junho e um concorrente dela, procurado. Pouco tempo depois era fechado compromisso com a BRF (marca Sadia), mas por um valor bem menor: “apenas'” R$ 20 milhões/ano, segundo fontes do mercado.A entidade é implacável com patrocinadores que atrasam pagamentos ou não honram termos do contrato. E substituir um parceiro por outro do mesmo ramo de atividade não é novidade. Nos últimos anos, a Vivo substituiu a TIM e mais recentemente a Gol tomou o lugar da TAM.Com Marin à frente da CBF, além dos contratos com Samsung, Sadia e Gol foram assinados os acordos com a Mastercard, no ano passado, e com a Unimed Seguros, nas vésperas do início da Copa das Confederações. E o presidente, ao contrário do antecessor, já avisou que fará qualquer mimo para agradá-los, participando até de atividades promocionais se necessário for. “Nós ficamos inteiramente à disposição do patrocinador. Quando eles nos chamam para um anúncio, por exemplo, vamos atender.”A CBF considera que são 13 os seus patrocinadores. Mas ainda recebe por ações acordadas com a Parmigiani (marca italiana de relógios) e Tenys Pé (marca Baruel). Além disso, a Ambev expõe três marcas (Guaraná Antarctica, Cerveja Brahma e Gatorade) e a Nestlé trabalha com Nescau e Garoto. Assim, 20 marcas são expostas em atividades da seleção.Número razoável se comparado, por exemplo, com os da seleção italiana na Copa de 2010. Três anos atrás, na África do Sul, o hall do colégio escolhido pelos dirigentes da Azzurra para local das entrevistas exibia 32 marcas.

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