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CBF proíbe o ponto eletrônico

Após consultar a Fifa, a entidade resolveu vetar a novidade implantada por Luxemburgo. Apesar disso, os corintianos garantem que isso não influenciará o rendimento do time.

Por Agencia Estado
Atualização:

Acabou a festa de Wanderley Luxemburgo. A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nota nesta sexta-feira proibindo o uso do ponto de escuta, dispositivo eletrônico utilizado pelo treinador do Corinthians na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, pelas semifinais do Campeonato Paulista. A entidade consultou a Fifa, em caráter de urgência, e a alegação oficial é de que o aparelho poderia causar danos físicos aos atletas que o utilizassem. Ao ser notificado da nova regulamentação, Luxemburgo não se mostrou surpreso. Mas demonstrou uma certa frustração, principalmente depois de ter recebido o apoio do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah. "Se é uma determinação oficial, da Fifa, nós só temos de cumpri-la, mais nada", resignou-se o técnico corintiano. A expectativa de Luxemburgo a partir de agora é de que a inovação levante uma discussão entre os responsáveis pela regulamentação do futebol. Nesta sexta-feira, após o treino no Parque São Jorge, o treinador voltou a defender o dispositivo. "É um avanço tecnológico importante", avaliou. "Estamos no século 21 e o esporte deve abrir as portas a novas tecnologia." Para o goleiro Maurício, um dos dois jogadores que enfrentaram o Santos com o ponto eletrônico (o outro foi o meia Ricardinho), a proibição do uso não vai influenciar o rendimento da equipe. "Isso não vai fazer a menor diferença para nós atletas", garantiu. "Vencemos diversas partidas sem ele e espero continuar dessa forma." Segredo - A comissão técnica e a diretoria do clube não chegaram a consultar a Fifa antes de adotar o dispositivo. O único profissional procurado foi um médico que, segundo Luxemburgo explicou, deu aval à utilização do aparelho, feito à base de silicone e preso no ouvido com esparadrapo. "O doutor nos garantiu que não haveria qualquer problemas para o jogador que estivesse usando o ponto", afirmou o técnico. "Além disso, nós consultamos o livro de regras da Fifa e lá não existe menção a esse caso."

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