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Utilização do vídeo-árbitro é vetada, mas CBF não vai desistir

International Board se reúne em novembro e pode autorizar uso

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Por Redação
Atualização:

A CBF recebeu um "não'' da International Board ao seu pedido para utilizar vídeos como recurso de ajuda ao árbitro, mas não pretende desistir tão facilmente.A entidade montou um grupo de trabalho, comandado pelo diretor do departamento de arbitragem, Sérgio Correa, que vai continuar trabalhando na busca de material e exemplos que convençam a Board - órgão responsável pela regulamentação das regras do futebol - a permitir o uso do vídeo-árbitro em caráter experimental já no próximo Campeonato Brasileiro. A negativa da Board foi comunicada oficialmente ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pelo secretário-geral do órgão, Lukas Brud. Porém, na própria correspondência enviada ao presidente, ele encoraja que os estudos continuem. "Lemos a sua proposta com grande interesse, já que ela aborda todos os aspectos relacionados e pertinentes a este assunto e a sua proposta é extremamente bem elaborada", disse.

Sergio Correa comanda grupo que trabalha para a adoção do vídeo-árbitro Foto: Divulgação

O teor da mensagem do secretário-geral foi entendido pela CBF como um sinal de que ainda pode ter esperança - Brud também informou que discussões sobre o tema estão ocorrendo na International Board e que se no futuro o vídeo-árbitro vier a ser testado a CBF será convidada a participar da experiência. Por isso, vai aprofundar os estudos para que sejam apresentados na próxima reunião do órgão, marcada para 26 de novembro em Cardiff, País de Gales. Nessa ocasião, a ideia da CBF será defendida pelo responsável pelo programa de introdução da tecnologia nos torneios brasileiros, Manoel Serapião Filho. A International Board, então, decidirá se autoriza ou não a adoção do recurso em caráter experimental.Se o projeto for aprovado em primeira instância em 26 de novembro, terá ainda que ser chancelado na Reunião Anual Geral, em 5 de março de 2016. Inicialmente, a CBF enviou sua solicitação para utilizar imagens para auxiliar os árbitros à Fifa, que repassou ao pleito à Board. A intenção da entidade é recorrer ao vídeo-árbitro nas seguintes situações: dúvida se a bola entrou ou não no gol; saídas da bola pela linha de meta, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti; definição do local de tiros livres diretos, ocorridos nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti; gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas de modo claramente equivocado; impedimentos por interferência no jogo, caso na mesma jogada haja gol ou pênalti; e jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

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