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'Simpática' à Liga Sul-Minas-Rio, CBF alfineta e ataca calendário

Entidade cita conflito com datas de pré-Libertadores e Estaduais

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Por Redação
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Após desistir de dar o aval à Liga Sul-Minas-Rio, a CBF voltou a se dizer "simpática" à nova competição, mas não deixou de criticar a nova entidade nesta terça-feira. Para a CBF, o calendário apresentado pela Liga se choca com diversas outras competições, o que poderia prejudicar clubes e atletas. A CBF não citou as datas - a Liga ainda não tornou público o seu calendário -, mas apontou conflito da nova competição com Estaduais, pré-Libertadores, Copa do Brasil e até Eliminatórias da Copa do Mundo, no próximo ano.

Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, desistiu do cargo deCEO da Liga Sul-Minas-Rio Foto: Divulgação

"Importante esclarecer que o calendário proposto originalmente, que tinha como premissa o respeito intransigente a ''contratos e datas do calendário existente'', conforme ofício da Liga de 6 de outubro, apresentava em suas onze rodadas, dez datas sobrepostas a competições como Estaduais, pré-Libertadores, Libertadores, Copa do Brasil e Eliminatórias da Copa do Mundo", criticou a CBF. Apesar das críticas e da retirada do aval à competição, na segunda-feira, a CBF manteve o tom ameno ao questionar as datas da Liga. "Uma vez mais, a CBF manifestou simpatia pela ideia de realização daquela competição em 2016, sempre observados os critérios jurídicos, técnicos e administrativos em vigor", declarou a entidade, em comunicado. Em uma alfinetada na nova liga, a CBF afirmou que a competição deve seguir os passos da Copa do Nordeste. "Exemplo de sucesso, a Copa do Nordeste teve como fator preponderante a unidade, harmonia e perfeita distribuição de papéis entre clubes, federações e CBF", registrou. A CBF afirmou também que continua fazendo "esforço" para a realização da competição no próximo ano. E novamente criticou indiretamente a Liga Sul-Minas-Rio. "Todos os esforços para buscar a compatibilização das pretensões dos clubes foram e estão sendo realizados pela CBF, compreensiva da legítima busca por novas receitas financeiras. Contudo, esta postulação não pode operar-se a qualquer custo, ao arrepio da ordem jurídica, nem resultar em desarranjo do calendário nacional que, estável, consolidado e reconhecido pelo torcedor, se mostra economicamente eficaz e rentável para emissoras de TV, patrocinadores e clubes", afirmou.

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