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CBF silencia sobre ?fritura? de Leão

O técnico diz apenas que a CBF prometeu não lhe cobrar pela campanha na Copa das Confederações por que não pôde escalar o melhor time do País.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador-técnico da seleção brasileira, Antônio Lopes, chefe da delegação na Copa das Confederações, disse neste sábado, depois da derrota do Brasil para a Austrália, por 1 a 0, que falou por telefone na sexta-feira com o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Antonio Teixeira, sobre a situação da equipe na competição e que ambos não conversaram sobre uma possível demissão do técnico Emerson Leão. "Ele não me deu nenhum recado nesse sentido." No entanto, revelou que vai ter um encontro com Marco Antonio logo que chegar ao Rio. Lopes disse ainda que não havia recebido nenhuma orientação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre a permanência ou não de Leão, mas deixou no ar uma declaração que pode dar a idéia do momento de tensão e expectativa na seleção. "Até agora não tem nada, mas futebol é assim mesmo, ainda mais quando os resultados não aparecem." Depois, diante das câmeras de TV e microfones, Lopes disse que Leão não seria afastado. Leão, por sua vez, quis falar pouco e reforçou o discurso de que a diretoria da CBF não lhe cobraria pela péssima campanha na Copa das Confederações por que não pôde trazer o melhor time do País. "Quando eu saí do Brasil, vocês (a imprensa) disseram e o presidente da CBF falou que essa competição não valia nada; então é continuar o trabalho." Ele fez uma análise curta sobre os resultados no Japão e Coréia do Sul. "Perdemos mais de cinco gols e levamos um de bola parada, como aconteceu sempre nesse torneio, ninguém deve se sentir envergonhado." O treinador reiterou que o futebol brasileiro não é mais o melhor do mundo. "A Copa serviu para evidenciar isso e para que eu pudesse observar alguns bons jogadores." A respeito de experiências, citou Vampeta, que voltou a ser capitão do time, barrando Leomar. "Eu o escalei para fazer observações futuras." O meia, no entanto, não gostou da atitude. Comentou que tem 35 jogos pela seleção, e que, por isso, não é normal que se submeta a testes. Ele fez apenas dois gols pelo Brasil, exatamente na vitória por 3 a 1 sobre a Argentina, ano passado, pelas eliminatórias. "Não sei se sou um jogador que ainda precisa passar por alguma avaliação, depois de 35 partidas com a camisa do Brasil." A delegação desembarca terça-feira em São Paulo e Rio e, para o dia seguinte, já está programada a convocação para a partida contra o Uruguai, em Montevidéu, em 1 de julho.

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