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CBF só define técnico para Olimpíada após a Copa América

Ricardo Teixeira quer evitar a pressão em Dunga por causa do time principal

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afirmou nesta terça-feira que a comissão técnica da seleção olímpica será definida apenas após a participação da seleção principal na Copa América. Antes disso, o técnico Dunga não será efetivado no comando da equipe sub-23, embora já venha convocando jogadores de idade olímpica com o objetivo de dar-lhes experiência. "A prioridade é dar tranqüilidade ao Dunga, para que possa continuar na Copa América o excelente trabalho que vem realizando na seleção", afirmou Teixeira, em declarações publicadas no site da CBF. O cartola negou, no entanto, que o futuro de Dunga na seleção esteja em risco, em caso de fiasco na competição que será disputada na Venezuela de 24 de junho a 15 de julho. "Vamos conversar com o Dunga, com o Jorginho e com o supervisor Américo Faria a partir do segundo semestre, para começar a traçar, com calma, o planejamento para a Olimpíada", explicou Teixeira. No texto, a CBF diz que o presidente "acompanhou atentamente a campanha da seleção sub-20 no Sul-Americano" e tinha contato diário com o técnico Nelson Rodrigues e outros integrantes da comissão técnica. "Todos, jogadores e comissão técnica, cumpriram muito bem seu papel, ainda mais depois que tiveram a responsabilidade aumentada pelo fato de o Sul-Americano valer duas vagas nas Olimpíadas de Pequim", elogiou o dirigente. A medalha de ouro olímpica é o único título que a seleção brasileira, a maior vencedora do futebol mundial, ainda não conquistou. Até agora, foram duas medalhas de prata, em Los Angeles-84 e Seul-88, e uma de bronze, em Atlanta-96. Desde que assumiu a CBF, em 1989, Teixeira adotou duas posturas diferentes em relação à comissão técnica da seleção olímpica, ambas fracassadas. Em 1992 e 2004, a opção foi pela escolha de técnicos diferentes de Carlos Alberto Parreira, que nas duas ocasiões comandava a seleção principal. Mas com Ernesto Paulo e Ricardo Gomes, respectivamente, a equipe nem sequer passou do Pré-Olimpíco. Já em 1996 e 2000, Zagallo e Vanderlei Luxemburgo comandaram as duas seleções - e os resultados foram o bronze em Atlanta e a eliminação nas quartas-de-final em Sydney, numa derrota na morte súbita contra Camarões com nove atletas, vexame que culminou com a queda de Luxemburgo.

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