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CBF usa Fifa para ameaçar clubes

Entidade vai enviar um documento relatando a iniciativa de alguns clubes de tentarem ingressar no Brasileiro de 2002 por intermédio da Justiça Comum.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) resolveu contra-atacar e encaminhou à Fifa documento relatando à entidade que clubes brasileiros estão recorrendo à Justiça comum para tentar garantir presença na Série A do Campeonato Brasileiro deste ano. De acordo com o vice-presidente Jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, a Fifa pode escolher entre duas medidas para punir esses clubes - até agora Caxias do Sul e Santa Cruz. Aplicar-lhes uma suspensão ou proibi-los de atuar em âmbito nacional. "Fizemos o nosso papel, o de dar ciência à Fifa sobre o que está acontecendo", disse Lopes. Ele acrescentou que o estatuto da entidade que regula o futebol mundial é bem claro; não permite uma briga entre clubes fora da esfera esportiva. O dirigente explicou que a CBF não pode desfiliar um clube, uma tarefa que caberia ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Caxias e Santa Cruz ingressaram na Justiça Comum a fim de participar do próximo Brasileiro. Hoje, Lopes tomou conhecimento de que vários outros clubes pretendem fazer o mesmo e ironizou-os. "Até o Cajuzinho Futebol Clube já tem uma ação pronta para disputar o campeonato. Onde vai parar?" Na fila - Sem alarde, a diretoria do Botafogo-SP e a do América-MG ainda tentam encontrar maneira de garantir vaga na Série A do Campeonato Brasileiro. Os paulistas, menos otimistas, recorreram ao advogado Paulo Goyaz, o mesmo que defendeu o Gama na briga judicial contra a CBF, para uma simples consulta sobre como proceder em caso como esse. Já o presidente do clube mineiro, Afonso Celso Raso, solicitou cópia da ação judicial que a prefeitura de Belo Jardim (PE) moveu para incluir o Santa Cruz na elite nacional. Indenização - A CBF vai entrar com ação de perdas e danos na Justiça contra dez empresas que teriam utilizado indevidamente o símbolo da entidade em peças publicitárias durante a Copa do Mundo. As empresas são de vários segmentos, incluindo supermercado, restaurante e outras dos setores financeiro, de eletroeletrônicos, comunicação e de telefonia.

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