A Controladoria Geral da União (CGU) constatou que a Caixa Econômica Federal não tem mecanismo para mensurar os resultados alcançados com patrocínios aos clubes de futebol. O órgão recomendou ao banco que institua meios para aferir objetivamente a ação de marketing e inclua os patrocínios no planejamento estratégico.
"Não foi possível avaliar o efetivo retorno financeiro obtido pelo banco com esses contratos de patrocínio, não tendo sido obtidas evidências objetivas e mensuráveis de que tais ações tenham contribuído para a realização de novos negócios e o incremento do lucro do banco".
No início do ano, a Caixa anunciou que investirá R$ 83 milhões em patrocínios a dez clubes. A novidade foi a inclusão dos mineiros Cruzeiro e Atlético. O banco ainda negocia com o Corinthians (cujo contrato de R$ 30 milhões anuais venceu em fevereiro) e o Vasco, que tinha patrocínio de R$ 15 milhões quando estava na Série A - o clube carioca voltou a ser rebaixado para a Série B na temporada passada.
A CGU também alertou que o patrocínio aos times sem a exigência do cumprimento da Lei do Desporto colocava a Caixa exposta a riscos de imagem desnecessários. Na renovação dos contratos neste ano, a Caixa passou a exigir que os patrocinados cumpram a Lei do Desporto e a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Segundo a Caixa, consultorias estimam em cinco vezes o retorno com a exposição da marca.