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Ruschel se revolta após Chapecoense afirmar na Justiça que ele teve benefício com acidente aéreo

'Minha vida jamais será a mesma depois do que aconteceu', criticou o jogador, que chamou postura do clube de 'absurda'

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Por Redação
Atualização:

Na ação que o lateral Alan Ruschel move na Justiça contra a Chapecoense para o pagamento de danos morais, o clube contesta a dívida e diz que o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas em 2016 "deu notoriedade ao reclamante e alavancou seus ganhos, e sua imagem valorizou-se e passou a ter notoriedade mundial". A informação é do portal Uol.

Na petição enviada ao Judiciário no último dia 24 de janeiro, a Chapecoense cita ainda que Ruschel não foi vítima do acidente, mas sim sobrevivente. Além disso, o clube alega que o jogador seguiu sua vida "normalmente" ao se casar meses após a tragédia. 

Ruschel chamou de absurdas as declarações da Chapecoense dizendo na Justiça que o jogador se beneficou do acidente aéreo de 2016. Foto: Chapecoense

O lateral de 32 anos foi à Justiça em maio do ano passado solicitando o pagamento de R$ 3.381.105,40 referente a danos morais, contestação do seguro recebido e verbas trabalhistas, como direitos de imagem e salários atrasados.

Chapecoense disse em ação na Justiça que Alan Ruschel se beneficiou de acidente aéreo ao justificar a recusa emnão pagar danos morais ao atleta. Foto: Reprodução

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Ruschel se pronunciou nas redes sociais e disse que o sentimento é de revolta com a postura do clube. "Nessa semana, eu tive acesso à defesa do clube, o que me gerou revolta e me entristeceu demais. Alegaram que eu não sou vítima do acidente, que sou um sobrevivente e que o acidente fez bem para mim, que me trouxe benefícios. Estão sendo levianos e despreparados na condução de um assunto tão importante e delicado quanto esse".

O lateral também desabafou sobre seu processo doloroso de recuperação e rebateu as declarações do clube. "Minha vida jamais será a mesma depois do que aconteceu. Só eu sei os traumas que carrego comigo. Só eu sei do esforço diário que faço para continuar jogando. Só Deus, minha família e meus amigos mais próximos sabem o quanto sofri para conseguir voltar a jogar com oito parafusos nas costas. Eles falaram que minha vida seguiu normal e fui beneficiado, e isso é, no mínimo, um absurdo. É para vocês saberem como a Chapecoense está conduzindo isso, não só comigo, que sou uma das vítimas, mas com todas as famílias dos que não tiveram a mesma sorte que eu de seguirem vivos."

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