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Cheio de estilo, Appiah diz que Gana joga por toda a África

Capitão da seleção diz que conversou com Drogba, de Costa do Marfim, e Adebaoyr, de Togo, ambos já eliminados, e prometeu fazer todo o continente feliz.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Boné, calça larga, camisa folgada, anéis, cordões de ouro e um andar com ginga. Esse é o meia Stephen Appiah, capitão da seleção de Gana, chegando para a entrevista coletiva de véspera de jogo - geralmente formais, sisudas e repletas de perguntas e respostas clichês. Appiah acaba com isso logo nas primeiras questões. Perguntado sobre os lugares que mais gostou de visitar em suas férias nos Estados Unidos, cuja seleção enfrenta nesta quinta-feira, em Nuremberg, o jogador ganês disse: ?As discotecas?. Jornalistas alemães, americanos e ingleses caem na risada. Não estão acostumados com esse tipo de irreverência no futebol internacional - não numa Copa do Mundo. A pergunta agora é exatamente sobre isso, sobre a experiência de estar pela primeira vez num Mundial e com chances reais de classificação. Appiah responde: ?A gente está se divertindo pra valer?. É essa irreverência a marca registrada do futebol africano. ?A grande maioria dos nossos jogadores atua na Europa. Somos profissionais, somos disciplinados. Mas temos nosso estilo de jogar?, diz Appiah. O técnico da seleção de Gana, o sérvio Ratomir Dujkovic, emenda: ?Há vários técnicos europeus, como eu, trabalhando no continente africano. Há também brasileiros e argentinos. Introduzimos algumas de nossas idéias, principalmente sobre disciplina. Mas, vocês sabem, este é o time de Gana, os ?estrelas negras?, ?os brasileiros da África??, lembrou. Appiah sorri. E lembra dos amigos de Costa do Marfim e Togo, ?vizinhos? de Gana e já desclassificados do Mundial. ?Falei com Drogba e Adebayor. Queremos a vitória para fazer todo o continente africano feliz. Vamos jogar por nós e por nossos amigos.?

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