Corinthians e São Paulo disputaram, nesta quinta-feira, um clássico, só que fora do campo. Antonio Roque Citadini, vice-presidente de Futebol corintiano, fez duras críticas à diretoria rival, a qual chamou de antiética por ter tentado tirar Ricardinho do Parque São Jorge. Segundo Citadini, o São Paulo pecou pelo modo como encaminhou as negociações, procurando primeiro o jogador e somente depois o clube. "Acho estranha essa ética que o São Paulo diz ter. Faz a proposta pelo jogador e só depois procura o clube. É um conceito de ética que ainda não encontrei", declarou o corintiano à Agência Estado, por telefone, de Los Angeles, onde passa a semana. "Eles fizeram a proposta só para que o Ricardinho brigasse conosco, mas vai ter troco no futuro." Citadini ficou mais irritado por ter recebido informações de que o São Paulo ainda mantém contato com o procurador do atleta, Rubens Pozzi. O clube do Morumbi teria oferecido salário de R$ 180 mil mensais, além de R$ 2 milhões de luvas, valores superiores aos pagos pelo Corinthians. "Se o São Paulo quisesse fazer uma proposta para nós, que fizesse e pronto, tudo teria acabado." O clube espera definir nesta sexta-feira o futuro de Ricardinho. O gerente de Futebol Edvar Simões garantiu que está tratando do assunto com agentes internacionais. O técnico Carlos Alberto Parreira mostrou irritação com a demora para o fim da novela e cobra uma posição da diretoria. "A falta dele aqui, atrapalha na preparação." Guilherme mais longe - O Corinthians não gostou do valor pedido pelo atleta para jogar no clube, considerou elevado, e pode encerrar as negociações. "O Guilherme fez proposta fora dos padrões do Brasil", disse Citadini. "Precisamos de um centroavante, mas só trataremos com propostas realistas."