Clássico promete incendiar a Vila

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Por Agencia Estado
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Santos e Corinthians têm ingredientes de sobra para fazer um clássico eletrizante nesta quarta-feira à noite (21h50) na Vila Belmiro: um tabu de oito jogos (sete vitórias e um empate) e três anos a favor dos santistas, a importância estratégica da vitória para as pretensões das duas equipes - o Santos para não dar chance ao Atlético-PR de abrir mais vantagem e o Corinthians para reiniciar o processo de reaproximação da zona de classificação para a Libertadores - e o reencontro de jogadores com suas ex-torcidas (Fábio Costa e Alberto jogarão na Vila pela primeira vez desde que deixaram o Santos, enquanto Ricardinho e Deivid agora são motivo de preocupação para a Fiel. A partida também terá como atração o confronto entre dois treinadores de filosofias muito distintas. O Santos de Vanderlei Luxemburgo faz da volúpia ofensiva sua marca e não por acaso tem o melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 77 gols marcados. No Corinthians de Tite, gol é um artigo raro e pragmatismo é a palavra de ordem. O time marcou apenas 36 vezes em 34 partidas e há 10 rodadas não consegue marcar mais do que um no mesmo jogo - a última vez em que conseguiu isso foi no dia 14 de agosto, quando bateu a Ponte Preta por 2 a 0 no Pacaembu. Seu ataque é o terceiro pior da competição, à frente apenas de Flamengo (34) e Guarani (27). Robinho é o artilheiro santista com 19 gols. Deivid e Elano já marcaram 14 vezes cada um. E Basílio, um reserva, fez 12. No Corinthians, quem mais marcou foi Jô, que fez sete gols. O vice-artilheiro, com seis, ainda é Rogério, que há um bom tempo largou o clube e se mandou para o Sporting de Lisboa. Como Gil tem cinco gols, a soma dos três principais artilheiros corintianos é inferior à marca de Robinho (19 a 18). Marcelo Ramos, que chegou no começo do ano como esperança de gol, fez apenas um no Brasileiro - e ainda assim de pênalti, na vitória sobre o Figueirense em Florianópolis. Saudou aquele gol como se fosse o fim da uruca e o início de uma fase de freqüentes visitas às redes. Mas ficou naquilo. Alberto, contratado para tentar fazer o que Marcelo Ramos não tem conseguido, também só marcou uma vez até agora. PONTOS - O jogo será um bom teste para os nervos dos santistas. Nas últimas três rodadas, o time sentiu a pressão de jogar sabendo que o Atlético-PR havia vencido. Desta vez, o Santos entrará em campo antes do rival - o líder do campeonato jogará quinta-feira, em Caxias do Sul, contra o Juventude. Mas será que a responsabilidade de não poder falhar, sob risco de dar ao time paranaense a chance de ampliar a diferença de três pontos, será bem assimilada pela equipe? Em suas últimas cinco partidas, a partir do empate com o Atlético-PR na Vila por 1 a 1, o Santos ganhou quatro e perdeu uma, para o Internacional em Porto Alegre. Seu adversário na luta pelo título venceu as cinco. O Corinthians conseguiu apenas cinco pontos nos últimos 15 que disputou e perdeu terreno na briga por uma vaga na Libertadores. O time chegou a estar a um ponto do quarto colocado, mas os últimos resultados - especialmente o empate o empate com o Flamengo no Maracanã e a derrota em casa diante do Juventude - deixaram a equipe a seis pontos da zona de classificação para a competição sul-americana. Fábio Costa - um dos heróis santistas na conquista do Brasileiro de 2002 em cima do próprio Corinthians - irá à Vila como adversário pela primeira vez desde que trocou de clube, no início deste ano. E dificilmente será recebido com rosas... Alberto também foi campeão brasileiro em 2002, mas como passou pela Rússia antes de desembarcar no Parque São Jorge tem menos rejeição entre os santistas do que o goleiro. Os ex-corintianos Ricardinho e Deivid terão a vantagem de jogar em casa, protegidos pelo apoio dos santistas.

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