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Cléber Santana pode deixar o Santos para jogar na Espanha

O Atlético de Madrid pode desembolsar 6 milhões de euros para contratar o artilheiro do Campeonato Paulista. Luxemburgo acha normal o assédio ao meia

Por Agencia Estado
Atualização:

Nos planos do Atlético de Madrid para a temporada 2007/08, o meia Cléber Santana reagiu com naturalidade nesta sexta-feira ao saber da notícia divulgada pela imprensa espanhola que está quase certo a sua transferência para o time da capital do país. A equipe européia, que acertou recentemente com o zagueiro Fabio Eller (ex-Internacional), ofereceu 6 milhões de euros (cerca de R$ 16,8 milhões) pera tirar o atleta do Santos. "Como todo jogador, tenho vontade de um dia atuar na Europa, mas neste momento estou preocupado em ajudar o Santos no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores", disse o atleta. "Pelo que sei, o Atlético de Madrid é um grande clube, com chances de brigar por títulos", completou, sinalizando que vinha acompanhando as negociações há dias. O presidente da equipe espanhola, Enrique Cerezo, confirmou não só o interesse por Cléber Santana, considerado uma jóia pela imprensa de Madri, como também o envio de dois representantes do clube - Gil Marin e Villaverde - para cuidaram do assunto com o empresário uruguaio Juan Figer, que detém os direitos sobre o jogador. Se a transferência for concluída, Cléber Santana vai embora no fim de seu contrato, em 31 de junho, e o Santos além de perder um dos seus principais jogadores deste início de temporada, não vai receber nenhum tipo de compensação. O volante, que se transformou em artilheiro, por pouco não deixou a Vila Belmiro no começo do ano, após o término do seu empréstimo de um ano. Na oportunidade, o Santos usou o seu direito de preferência, previsto no contrato de empréstimo, mas deixou de pagar US$ 1,250 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões), correspondentes a 50% dos direitos federativos do jogador. Mesmo assim, Figer convenceu-o a desistir da idéia de ir para o mesmo Atlético de Madrid ou ao francês Olympique de Marselha e a ficar mais seis meses na equipe paulista para valorizar-se e depois ir para a Europa. Ao contrário de 2004, quando afastou Diego ao saber sua negociação para o Porto, de Portugal, alegando que só contaria com jogadores envolvidos com os projetos do clube, Vanderlei Luxemburgo acha normal o interesse no artilheiro do Paulistão, com oito gols. "São especulações do futebol e temos que conviver com isso. Não é possível proibir que um jogador fale com empresários porque eles podem conversar pelo celular", afirmou o técnico, citando como exemplo Zé Roberto, que também só tem contrato até o final de junho e depois deve retornar ao futebol europeu. "Ele é um profissional de alto nível e até lá vai dar o máximo ao Santos. Essa é a nova realidade do futebol", comentou. Já Zé Roberto não confirmou que possa ampliar seu vínculo com a equipe da Baixada Santista se for campeão da Libertadores. "Não programei nada para depois de junho. Até lá vou procurar ajudar o time no Paulista e na Libertadores e depois decidirei o que fazer", comentou. Porém, o jogador repetiu que a violência nas grandes cidades brasileiras terá grande peso no momento de decidir seu futuro. "Fiquei triste com o que aconteceu com a criança no Rio de Janeiro [lembrando o caso de João Hélio, que morreu após ser arrastado durante um assalto]. A guerra urbana nos aterroriza, porque vivi oito anos na Europa e não presenciava nada disso. A Justiça não é feita e a criminalidade está acrescendo", lamentou.

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